Carlos Silva, líder do grupo municipal do movimento Uma Nova Esperança, na sua intervenção na sessão solene do Dia do Concelho do Porto Santo, vincou que é certo que a ilha dourada “enfrenta desafios”. “Eu diria que ainda hoje enfrenta ataques de piratas, não chegam com pernas de pau, armados de espadas para raptar e violar, chegam talvez de avião com uma caneta no bolso”, criticou.
O deputado apontou problemas que o Porto Santo continua a enfrentar, além de que estamos “a assistir à maior transformação social”. Na Assembleia, “temos assistido à degradação deste órgão governativo, sendo que alguns preferem o ódio ao debate”.
Ao longo destes quatro anos, Carlos Silva diz que o Porto Santo assistiu a uma “debandada dos eleitos, a muitas ausências e desistências”, o que não pode impedir a luta pelo “futuro das novas gerações”.
Recordando as palavras de Alberto João Jardim outrora proferidas, nas quais “acredita piamente”, vincou que “uma boa oposição faz um bom governo”. “Não é fácil o exercício da democracia mas é fundamental e tivemos aqui bons exemplos de homens e mulheres que se dedicaram a esta causa”, acrescentou, lembrando, à parte, a memória do padre Martins Júnior, recentemente falecido.
Por fim, lançou um apelo a que, nas próximas eleições, “sejam ignoradas as pressões e recusa pelas opiniões”. “Participem nas assembleias, sejam vozes que clamam no deserto e não se calam”, rematou.