Paulo Cafôfo disse hoje, no final da Comissão Política que esteve a analisar os resultados eleitorais de domingo, que uma das razões para o candidato do PSD Rui Marques vencer a Câmara Municipal da Ponta do Sol foi o “processo de vitimização” feito em torno dos processos judiciais que pendiam sobre si.
Acusando a surpresa da derrota de Célia Pessegueiro, o presidente do PS/Madeira considerou que o processo judicial “acabou, curiosamente, por favorecê-lo, porque acabou por passar a ideia da vitimização, ou que teria sido o PS a desencadear este processo, quando não foi”.
Cafôfo alegou que os processos foram espoletados por “um requerimento do CDS”, que teve a “aprovação do PSD e do PS”, e que depois surgiu uma “a manipulação” para responsabilizar o PS.
Mas o desfecho eleitoral não tem apenas explicações em Rui Marques. Cafôfo junta ainda “questões locais e dinâmicas que por vezes nos escapam”, “a máquina do PSD no terreno a oferecer mundos e fundos”, o “voto de protesto” e “o interesse próprio” de algumas pessoas.
Aos jornalistas, o presidente do PS/M, que está de saída e na próxima semana deverá apresentar o calendário para as eleições internas, para as quais não se candidata, disse ainda que que havia a “perceção” nas pessoas de que Célia Pessegueiro “tinha sido uma boa presidente”.