Roberto Almada, candidato pelo Bloco de Esquerda às Eleições Legislativas Regionais, defendeu, esta manhã, que são necessários mais lares de idosos, mas que os mesmos devem continuar na esfera pública.
À margem de uma iniciativa de contacto com a população de Câmara de Lobos, o Bloco de Esquerda constatou que as pessoas "estão preocupadas com a solidão da população idosa e com a falta de alternativas para que esses idosos tenham uma vida um pouco melhor".
Neste sentido e tendo em conta a lista de espera para os lares, o candidato reforçou que "um Governo Regional que prese o setor social tem de apostar na construção de lares de idosos". Sabendo que existem verbas do PRR destinados ao setor social e consequentemente à construção de lares, o porta-voz da iniciativa alerta para que essas instituições não sejam entregues "de mão beijada" a terceiros, "como estão a fazer com o lar da Bela Vista".
"A verdade é que muitos dos trabalhadores desse lar estão ainda com medo de deixar o setor público e mudar para o privado", assegurou o candidato, acrescentando que os mesmos "estão a ser alvo de alguma pressão para mudar para esse setor", condenou.
A pensar nos trabalhadores da função pública, Roberto Almada reiterou que, de facto, "é preciso mais lares de idosos", porém, "é preciso cuidado com os trabalhadores que já temos no setor público a cuidar destes idosos, com anos a fio de experiência".
"O público é de todos, o privado é só de alguns", reforçou o bloquista, garantindo que "habitualmente os privados não cuidam melhor que o público" e, assim sendo, "dizer que os privados vão tratar melhor é uma falácia", retorquiu.
Roberto Almada concluiu que "é fácil gerir lares quando o orçamento da região dá a esses privados milhões para serem geridos, mas com os mesmos milhões o setor público pode continuar a gerir os lares na Região".
Em suma, "os atuais e os novos lares devem continuar na esfera pública", rematou.
Lígia Neves