Dina Letra, coordenadora regional do Bloco de Esquerda, deu conta, em nota enviada à imprensa, de que o partido " repudia a política de habitação do Governo Regional que é um desastre para os madeirenses e portossantenses e um retrocesso civilizacional".
A coordenadora aponta que, perante "a evidência de que a especulação imobiliária e a construção de habitação totalmente direccionada para o segmento de luxo está a impedir o acesso das famílias e dos jovens madeirenses e portossantenses à habitação, a resposta do PSD-M tem sido mais vistos gold, mais benefícios fiscais para os nómadas digitais, mais negociatas com os empresários de sempre, e sempre em prejuízo do interesse público", exemplificando com o caso da Praia Formosa.
"Toda gente precisa de uma casa para morar. A habitação é uma necessidade, não pode ser um luxo, só acessível para alguns privilegiados", reiteram os bloquistas.
Deste modo, Dina Letra sublinha que "a política do PSD-CDS não protege os madeirenses e portossantenses da especulação imobiliária ou da ganância de senhorios, que cessam contratos de arrendamento para converter o imóvel para alojamento local, como já acontece no Funchal e um pouco por toda a ilha", garantindo que "é regular o mercado do arrendamento, criar mecanismos de apoio ao investimento sim, mas que não se sobreponham aos interesses dos cidadãos ao ponto de lhes coarctar a vida, os sonhos e objectivos".
"Acabar com os vistos gold, que fizeram disparar os preços das habitações e estão a criar uma bolha imobiliária; acabar com os benefícios fiscais aos residentes não habituais e à reabilitação urbana que não se destina à recuperação de casas para morar; travar a proliferação do alojamento local; definir um tecto máximo para as rendas; mais habitação pública e a preços controlados", são algumas das propostas apontadas pelo Bloco de Esquerda para a Madeira.
Lígia Neves