"A prosperidade que Miguel Albuquerque apregoa não é, seguramente, a realidade vivida pela grande maioria dos madeirenses, mas daqueles que orbitam em torno do regime despesista e irresponsável deste Governo Regional".
Esta foi a reação de Sérgio Gonçalves às declarações de Miguel Albuquerque que foi ao Monte "pedir para que tudo continue como está até agora, com prosperidade e desenvolvimento económico".
Esta manhã, por ocasião de uma ação de contacto com a população na zona do Lido, Sérgio Gonçalves classificou as afirmações de Miguel Albuquerque como sendo de "muito mau gosto", tendo em conta a "difícil situação em que se encontram muitas famílias madeirenses".
"Como é que o presidente do Governo tem o desplante de falar em prosperidade, quando vemos muitas pessoas a passarem dificuldades para fazerem face ao aumento do custo de vida e dos juros dos empréstimos à habitação, sem que o Governo tome medidas para mitigar esta realidade?", questionou.
O presidente do PS-Madeira e candidato às Eleições Regionais criticou as "políticas despesistas e o esbanjamento dos dinheiros públicos" por parte do Governo Regional, apontando como exemplo os 33 milhões de euros gastos por ano em "tachos para garantir as clientelas partidárias dos partidos da coligação PSD-CDS, mas também os 350 milhões de euros que já foram injetados nas Sociedades de Desenvolvimento desde que Miguel Albuquerque é presidente do Governo.
"É esta a prosperidade que Miguel Albuquerque quer que continue na nossa Região?", avançou.
O presidente do PS-M apontou o elevado índice de risco de pobreza e exclusão social na Região, que coloca a Madeira na segunda pior posição do País, a apenas uma décima dos Açores, "realidade que o Governo Regional continua a desvalorizar e, inclusivamente, a pôr em causa, indiferente aos problemas vividos por muitas famílias".
"Além de não implementar medidas concretas para resolver esta situação e melhorar as condições de vida dos madeirenses, o Governo de Miguel Albuquerque ainda persiste na teimosia de não baixar os impostos em sede de IVA e IRS até onde lhe permite o diferencial fiscal, quando tem poder para o fazer. Tudo isto, para continuar a engordar os cofres públicos e esbanjar ao sabor dos seus interesses", denunciou, considerando que esta atitude é "uma imoralidade".
A este respeito, o líder socialista acrescentou ainda os problemas no acesso à saúde, dando o exemplo das listas de espera a terem duplicado desde que Albuquerque chegou ao Governo, a habitação, com "enormes carências" e os jovens e a classe média "impossibilitados" de aceder ao mercado imobiliário, devido aos elevados preços e aos baixos rendimentos.
Mónica Rodrigues