O presidente do Governo Regional está satisfeito com a abertura oficial das luzes de Natal no Funchal e agora quer “tentar melhorar” a iniciativa “ao longo dos próximos anos”, por ser um evento que gera uma “expetativa muito grande” e atrai “muitos turistas e locais”.
Sobre a iluminação deste ano, Miguel Albuquerque disse que a colocação da mesma exigiu um “esforço extraordinário”, dado o concurso a que estava sujeita e que “só foi despachado há cerca de três semanas”.
“Estas empresas a quem foi adjudicado as diversas parcelas de iluminação tiveram de fazer e ainda estão a fazer um esforço muito grande, no sentido de concretizar os projetos de iluminação em cerca de duas semanas”, o que implicou trabalharem “dia e noite”.
Embora o “grosso das iluminações já esteja concretizado”, a colocação das estruturas ainda não está concluída, dado também ao facto de este ano ter havido uma expansão das luzes para oeste, como para a Ajuda, e para as zonas altas da cidade. Porém, acredita que dentro de “uma semana” o trabalho estará pronto.
Depois de ter expressado umas “belas festas” a todos, Albuquerque desejou, por outro lado, que no campo político o “Pai Natal dê juízo a um conjunto de políticos que ainda não perceberam que o povo precisa de estabilidade”, e “não quer nem confusões nem eleições”, mas “o seu Natal em paz”.
Para o líder do governo, as pessoas querem “ter o seu emprego e [ver] a economia a crescer” e não assistir a “jogadas políticas, moções e [ver] deitar o governo abaixo”. Se esses políticos “querem ir para o parque infantil, que vão e fiquem com o baloiço”, mas não “brinquem com a vida das pessoas e das empresas”.
Espera também que este Natal traga “a continuação do crescimento económico, a empregabilidade, o desenvolvimento da nossa Região e o bem-estar de todos”.
Insistindo ser “fundamental” a aprovação do Orçamento para 2025, o presidente do Governo Regional justificou que a Madeira “não pode cair na situação experimentada em janeiro, de estar meses com o orçamento parado, porque isso bloqueou todo o investimento”.
“As pessoas ficam na incerteza, os agentes económicos não investem, adiam os projetos essenciais e a própria situação, até do ponto de vista psicológico, não permite planear nada”, acrescentou.
Por outro lado, Albuquerque disse estar “satisfeito” com o regresso à vida pública de Pedro Calado, antigo vice-presidente do Governo e ex-presidente da Câmara Municipal do Funchal, que no início do ano foi envolvido numa investigação criminal, e que agora surgiu como o rosto da Associação de Turismo do Monte.
“Eu fico satisfeito porque, neste momento, ele está ligado a um projeto muito interessante de intervenção cívica, e ele, com a capacidade que tem vai ser um elemento importante, e acho que é importante as pessoas não ficarem inibidas. Ninguém está condenado por nada. Portanto, não vamos deixar de fazer a nossa vida, sob a pena da suspeição, porque não é uma sentença definitiva, nem um juízo de valor definitivo sobre a conduta de alguém. É apenas uma suspeição”, afirmou.
Perguntado se via com bons olhos o regresso de Pedro Calado à Câmara Municipal do Funchal, disse não querer “pronunciar-se” sobre o tema. “As autárquicas são só no próximo ano, depois da situação do Governo estar resolvida. Agora, precisamos de um orçamento aprovado, isso é a coisa mais importante para a Madeira”.
Questionado se já tinha sido chamado a prestar esclarecimentos à Justiça, Miguel Albuquerque respondeu estar “completamente à-vontade” no assunto. “Não tenho nem nunca tive nenhum complexo quanto a isso. Sempre estive disponível em todas as situações para ser ouvido. Quando quiserem ouvir, eu estou disponível. Não tem problema”.
O presidente do Governo Regional comentou ainda a visita amanhã da ministra da Justiça. “Há um conjunto de situações dos serviços centrais do Estado que têm de ser tratados. Ainda bem que ela vem, porque há serviços a nível funcional e de equipamentos que têm de ser melhorados”, disse.
Por fim, disse ser “grotesca” a atual situação do impasse em torno da construção das novas esquadras de polícia.