MADEIRA Meteorologia

Albuquerque considera que “não há razões” para uma greve geral “despropositada”

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
10 Dezembro 2025
12:53

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, classificou como “completamente despropositada” a greve geral nacional marcada para esta quinta-feira, afirmando que a Região está preparada e que os serviços mínimos serão assegurados.

Confrontado com o impacto da paralisação, Albuquerque afirmou que é necessário “pensar no mundo em que vivemos”, defendendo que a economia atual exige “muito maior flexibilidade” nas áreas da produtividade e das relações laborais.

O presidente do governo, que falava com os jornalistas à margem de uma visita a uma loja de moda e de estética, ‘Somos’, no Edifício Savoy Residence Insular, no Largo do Pelourinho, sublinhou que “o mundo mudou” e Portugal tem de acompanhar essa evolução para manter competitividade. “Isso não significa que os direitos dos trabalhadores não tenham de ser assegurados”, frisou, mas advertiu que a configuração das empresas e do trabalho se alterou profundamente. “Estas greves vêm apenas causar efeitos disruptivos em todo o funcionamento da nossa sociedade”, vincou.

Questionado sobre as críticas dos sindicatos, que apontam retrocessos laborais e aumento da precariedade, Albuquerque entende que os organismos sindicais estão condicionados “por partidos comunistas” e de promoverem greves por “fins partidários”. “Quando está um governo de centralidade no poder há greves; quando é um governo de esquerda, há muito poucas”, afirmou.

Sobre o pacote laboral contestado pelas centrais sindicais, Albuquerque rejeitou que seja agressivo e insistiu que as medidas propostas alinham Portugal com práticas já existentes na maioria dos países europeus. “Ou olhamos para a realidade do mundo de hoje, ou fechamos os olhos”, alertou, sublinhando que a Europa perdeu peso económico global desde 1990 e que Portugal precisa de aumentar produtividade para garantir subida salarial. “Os salários só vão aumentar com maior produtividade, não tenha dúvidas.”

O chefe do executivo madeirense lembrou ainda que o modelo social europeu garante proteção laboral superior à de outras regiões do mundo e acusou existir “muita desinformação” sobre o conteúdo da lei. Instado a comentar a medida que não obriga à reintegração após despedimento, Albuquerque respondeu que “é preciso olhar para a realidade do mundo. Estamos a competir com outras economias.”

Apesar das divergências, Albuquerque assegurou abertura para negociar com os trabalhadores, apontando como exemplo o recente acordo na hotelaria, que prevê aumentos salariais de 6%. “É justo que o crescimento seja repartido pelos trabalhadores”, disse. Concluiu reiterando que, no seu entender, “não há razões” para a greve geral.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Enfermeira especialista em reabilitação e mestranda em Gestão de Empresas
11/12/2025 08:00

O inverno chega e com ele, a pressão sobre os pulmões e sobre o sistema de saúde. As infeções respiratórias agravam-se: gripe, bronquiolites, crises asmáticas...

Ver todos os artigos

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda com a entrega do Prémio Nobel da Paz a Maria Corina Machado?

Enviar Resultados
RJM PODCASTS

Mais Lidas

Últimas