MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

14/07/2022 08:00

Embora organizada pelo Partido Social Democrata da Madeira, a enorme participação popular, sempre verificada ao longo dos anos, ultrapassa aquilo que tecnicamente se chama "o eleitorado" de um Partido.

Aliás, embora desde os seus primórdios uma iniciativa do PSD - começou no Paul da Serra - todos os anos mobilizou o Povo em torno de Valores e de Ideais muito mais abrangentes do que a simples simpatia por uma organização partidária.

Os Princípios democráticos do primado da Pessoa Humana e dos Direitos, Liberdades e Garantias de todos e de cada um dos Cidadãos, neste arquipélago materializaram-se especialmente no crescimento e no desenvolvimento da Autonomia Política. Entendida pelo Povo soberano como motor indeclinável da concretização dos nossos Direitos legítimos e do Progresso, após quase seis séculos de colonialismo lisboeta hoje mergulhado em apologias hermafrodíticas, eutanásicas e abortivas.

Desde o início da luta democrática pós-25 de Abril contra os fascismos comunistas e da extrema-direita local, e também por omissão ou asneirar de outros Partidos, o Povo Madeirense viu no PSD/Madeira a "vanguarda revolucionária" de um processo que as Pessoas perceberam ir ser longo e duro.

Verificados estes pressupostos com toda a clareza, cabia aos Autonomistas sociais-democratas a obrigação cívica de se empenharem cada vez mais na luta democrática anti-colonial.

Para a qual, entre muitos outros caminhos de percurso obrigatório, uma periódica manifestação de FORÇA, em DEMOCRACIA, constituía importante meio de acção e de afirmação.

O Povo Soberano entendeu. E assim, todos os anos, valoriza com sucesso a Festa da Autonomia, a Festa do Chão da Lagoa.

Muito eu me ria quando a comunicação "social" da "fermosa estrebaria" - era assim que Luís António Verney, escritor, no século XVIII se referia a Lisboa nas suas cartas particulares de Paris, quando aí Embaixador - muito me divertia, semanas antes, essa gente, alarmada, começar já a palpitar sobre o que se iria passar na Festa do Chão da Lagoa.

Festa importante para todos nós. É que a força do Povo Madeirense, também exercitada através do combate autonómico, é imprescindível para, mais cedo ou mais tarde, alcançarmos as metas pretendidas e necessárias.

Força da qual não podemos abdicar, num só momento que seja. Temos de "estar sempre no mapa" de Lisboa e de Bruxelas. Fazermo-nos ouvir, mesmo sobre o que por lá não gostem. E, cá, demarcar-nos do "politicamente correcto", do "consenso" e das "causas fracturantes".

Este o relevo que a Festa da Autonomia, a Festa do Chão da Lagoa, tem na História Contemporânea da Madeira. Compreendem-nos os Portugueses e os Europeus em geral, mesmo que Dela não goste o snobismo imbecil e ignorante de algumas "classes políticas" e daqueles em cujas veias corre sangue de escravo.

Razões de meteorologia incerta e diversificada em diferentes zonas da Madeira, no final de Julho, e dado o volume crescente de participantes, levaram o hoje Instituto Autonomia e Desenvolvimento da Madeira a então adquirir a Herdade do Chão da Lagoa e cedê-la sempre para a Festa da Autonomia de iniciativa do PSD.

Espaços vastos e adequadas condições de apoio.

Em Festa, como que um ritual panteísta de miscegenação com as forças da Natureza, resultando uma metanoia produtora de ânimos ressurrectos, reforço da gónoda autonomista.

Em Festa, porque a Alegria é essência do Ser Madeirense, até quando bordão para intervalar tristezas ou preocupações. E, tratando-se da luta por um Futuro, "a Alegria deve estar sempre presente na Vida, simultaneamente motor e espelho de Esperança".

Da Esperança madeirense.

A Alegria é uma exaltação feliz da Alma. "Uma virtude a cultivar", dizia S. João Paulo II, "um Dom de Deus", escrevia Bernanos, e leia-se o conterrâneo Cardeal Tolentino em "O pequeno caminho das grandes perguntas - o que é feito da nossa Alegria?".

Festa e Alegria democráticas, onde desde o convívio às indumentárias, tudo é são, porque interclassista.

Talvez apenas uma única diferença, porventura descortinável. O pouco à-vontade dos que vão lá, sem convicções, só para serem vistos.

Valha que nunca chegarão a cair do cavalo na estrada de Damasco... porque sem ousadia para aprenderem a cavalgar o Destino.

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