Portugal visto pela sua emigração
Portugal vai a votos a 30 de Janeiro de 2022. Os portugueses são chamados a exercer o seu direito de voto, para eleger o vigésimo terceiro (23) governo constitucional de Portugal, nesta nossa ainda tenra democracia. Desde a revolução de 1974, tivemos já cerca de 22 governos em Portugal, com alternância entre o socialismo e a social democracia.
Ou seja, matematicamente falando, os portugueses são chamados a votar para um novo governo em Portugal, em média, a cada 2 anos. Continuando com o rigor dos números, em 47 anos de democracia, sofremos 3 bancarrotas (falência, quebra, ruína, fiasco, fracasso e mais sinónimos houvessem), todas com origem em governações socialistas desastrosas, o que nos coloca numa média de a cada 15 anos sofremos um colapso financeiro, causado pela esquerda em Portugal. Se continuamos nesta trajectória de governação, lá para 2026 espera-nos outra bancarrota.
Mas afinal o que se passa em Portugal, que não passamos disto?
A actual campanha eleitoral em vigor e os debates televisivos, em formato express, que não permite mais que a troca de alguns insultos entre os intervenientes, com patadas de injúrias cronometradas, levam-nos a concluir que o eleitorado terá apenas que optar pela direita ou pela esquerda, uma vez que todos os partidos políticos estão na abertura de formar coligações. Até aí parece-me bem, as maiorias absolutas são cada vez mais difíceis de obter e o país precisa de governação.
Na verdade, não deixa de ser irónico que o partido socialista que ajudou a libertar o país de um regime de ditadura em 1974, nos aprisione agora à mediocridade de um país em constantes desacatos financeiros e ainda venha pedir maioria absoluta para governar. Os restantes partidos de esquerda continuam com o seu discurso marxista-leninista retrógrada, culpando a direita por tudo, quando são eles que andam a “chafurdar” no dinheiro público, em coligações tipo geringonça de circo.
Mas vale tudo nesta campanha eleitoral e o nosso Primeiro tem-nos provado isso, desde “cuspir no prato que comeu” de empresas portuguesas e estrangeiras que investem em Portugal, difamando-os publicamente, para ficar bem visto (a dizer mal dos ricos), junto do eleitorado de extrema esquerda/comunista e lá ir buscar alguns votos.
E como vale tudo, é importante que a direita em Portugal “esfregue na cara” da esquerda, continuadamente, que o crescimento que o nosso Primeiro Ministro refere como conquista da esquerda é uma falsa verdade, pois o executivo de Sócrates, do qual António Costa fez parte, levou Portugal à falência e foi o governo da direita, com Passos Coelho, que conseguiu inverter a trajectória de descida a pique do nosso país. António Costa, com a sua arrogância, contribuiu já para uma bancarrota de Portugal - não precisamos de mais nenhuma.
Grande parte das ondas de emigração portuguesa pelo mundo, têm sido geradas pelos sucessivos fracassos dos (des)governos de esquerda, que num discurso que já ninguém aguenta, tentam espezinhar os portugueses para a mediocridade, com salários de miséria, sem folga para qualquer eventualidade, que a vida possa trazer.
O emigrante português aprendeu que a criação de riqueza, fruto do seu trabalho é possível em economias organizadas e que comprar um bom carro, viver com relativo conforto, planear férias em famílias e ter uma poupança, também está ao seu alcance - mas não em Portugal, não no seu país. E é essa mágoa que os portugueses que vivem longe sentem. Muitos deles com lembranças penosas do que os levou a partir, as contas para pagar que amontoavam, o risco de perder a casa que abriga quem mais amam, a incerteza de uma mesa posta, o trabalho precário que não dá sinais de melhoras, pois a empresa também ela sofre o estrangulamento de impostos (passo o homónimo perfeito). O português emigrado e muitas das suas gerações vindouras, sonham em voltar a Portugal, sonham em poderem contribuir mais para um Portugal melhor, um Portugal mais sério e mais produtivo. Vamos virar a página nestas próximas eleições e vamos dar o rumo a Portugal, que os portugueses merecem.