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Artigo de Opinião

26/06/2025 08:00

Corria o ano de 2020. O Partido Socialista, via Coligação “Confiança”, levava à Assembleia Municipal do Funchal o encerramento da empresa Frente MarFunchal. Votámos contra.

Corria o ano de 2021. O recém-chegado executivo liderado pela Coligação “Funchal Sempre à Frente”, na Câmara Municipal do Funchal, apoiava a viabilização da empresa e a manutenção dos postos de trabalho, aprovando a transferência de 954 mil euros para fazer face ao pagamento de remunerações até o fim daquele ano. O PS votava contra, reafirmando que a empresa já devia ter fechado.

Corre o ano de 2025. A Frente MarFunchal está diante do seu melhor ano de sempre, com mais de 400 mil euros de resultados líquidos.

Depois de uma travessia no deserto, marcada por resultados líquidos negativos a rondar um milhão de euros, a gestão camarária e todos os trabalhadores da Frente MarFunchal mostraram que é possível fazer diferente. E fazer melhor.

Hoje, é mais do que claro que a opção do PSD em manter aberta esta empresa municipal - com base numa gestão criteriosa, com uma reorganização que era mais do que necessária, com a melhoria da qualidade dos serviços prestados e com a valorização dos seus trabalhadores – foi a mais acertada.

Corre o ano de 2025 e a empresa que tutela a gestão e conservação dos Complexos Balneares, Praias e Passeio Público Marítimo do Funchal, assim como estacionamentos rotativos no Município (em cerca de 80 arruamentos) e os parques do Lido e do Mercado da Penteada, não só diminuiu as despesas, como reduziu o passivo e aumentou as receitas.

Corre o ano de 2025 e, orgulhosamente, podemos afirmar (com base nos dados de 2024) que o resultado líquido foi positivo em mais de quatrocentos mil euros (o que espelha um crescimento de 33% em relação a 2023), que a empresa tem capitais próprios no valor de um milhão de euros, que faturou mais de três milhões e que não tem dívidas.

Além disso, pela primeira vez na sua história, a Frente MarFunchal distribui dividendos ao acionista, o Município do Funchal, e assume a taxas de recursos hídricos de 2022, 2023 e 2024 (desonerando a CMF desta despesa), situações que só são possíveis devido à estabilidade financeira que a empresa alcançou.

Afinal, é possível fazer diferente. E fazer melhor.

Por outro lado, gostaria de, aqui, salientar o papel de todos os trabalhadores e dos administradores que, nestes últimos anos, se configura como prova de que, quando se quer, há caminho a percorrer.

Por esta razão, é satisfatório testemunhar, também, que estão a ser implementados mecanismos para valorização destes homens e mulheres e das suas carreiras, nomeadamente através da criação de um sistema de avaliação e desempenho, a par da formação, de fisioterapia laboral para todos os funcionários, da aquisição de fardamentos e de outros instrumentos de trabalho.

Numa empresa onde há proximidade do Município, boa gestão financeira e melhor gestão de recursos humanos, tudo é mais fácil de atingir.

Afinal, é mesmo possível fazer diferente. E fazer melhor. O “Funchal Sempre à Frente” mostrou-o. Não só ao PS, mas aos Funchalenses.

Votámos contra (!) o encerramento da empresa em 2020. Pelos trabalhadores, pelas suas famílias. E, hoje, confirma-se, mais uma vez, que estávamos do lado certo. Não há melhor recompensa do que essa.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
18/12/2025 08:00

Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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