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Artigo de Opinião

Vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz

1/06/2022 08:00

Então, como agora, continuamos convictos da medida que tomámos e da sua justiça, reforçada pelo trabalho já desenvolvido na melhoria do nosso cartaz cultural, na reabilitação de algumas zonas com interesse turístico e num investimento na política ambiental, que é essencial a um destino sustentável e de natureza.

Ou seja, com seis anos de implementação, a medida justificou a sua existência e a sua razão de ser, porque alicerçada numa justa contribuição de quem nos visita. Além disso, ficou claro o nosso sentido de responsabilidade, não apenas na aplicação das receitas próprias, das quais faz parte a Ecotaxa, mas também aos termos adaptados à medida, através da sua suspensão, aquando da quebra no setor do turismo pela pandemia.

Deste modo, e agora que retomamos a normalidade e com índices de ocupação ainda melhores do que no período pós-pandemia, parece-nos justo proceder a uma atualização de valores, acompanhando estes novos tempos e balizando a taxa com os valores cobrados em outros destinos com a mesma qualidade e com a mesma pressão no território e nos seus recursos.

A atualização visa chegar a um valor mais coincidente com as dinâmicas de mercado, com a atualização da inflação e com todas as flutuações dos parâmetros financeiros ocorridas desde a criação da Ecotaxa Turística em 2016.

Paralelamente, e como já atrás mencionei, consideramos ser indiscutível que desde a implementação da Ecotaxa Turística verificaram-se melhorias decorrentes de investimentos camarários que valorizaram pontos de interesse turístico e melhoraram índices de qualidade ambiental. Foi o caso da reabilitação da Promenade dos Reis Magos, no Caniço, e do Largo da Achada, na Camacha, bem como o redimensionamento da Estação Elevatória dos Reis Magos. E ainda a criação de novos cartazes turísticos e culturais, como o Santa Cruz em Flor e Natal em Santa Cruz.

É nossa intenção continuar o investimento na reabilitação urbana e ambiental e a aposta na nossa oferta pública cultural e turística, pelo que importa atualizar os valores que sustentam o princípio daquela que é, para nós, uma justa repartição dos encargos públicos, sustentada na lógica de que estes sejam imputados aqueles que visitam e pernoitam no nosso concelho, na proporção em que do mesmo usufruem.

Além disso, é preciso não esquecer que Santa Cruz é o segundo polo turístico de uma Região que tem sido considerada o melhor destino insular do mundo. Isto implica que se mantenha essa qualidade, o que no caso do Município de Santa Cruz exige da autarquia um continuado investimento.

Mantemos, por isso, a nossa firme convicção na medida que implementámos e nas suas virtudes, o que aliás acabou por ser também reconhecido pelas vozes inicialmente críticas, mas que agora apenas lamentam não ter feito o mesmo. Faltou-lhes talvez a coragem política, a responsabilidade e a visão de futuro.

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