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Artigo de Opinião

Farmacêutico Especialista

4/03/2022 08:00

O assumir que fazemos parte de um todo, a Humanidade como um organismo e propósito superior. Amar aos outros como a nós mesmos, o princípio ético fundamental - a Regra de Ouro comum a credos e religiões e verdadeiras filosofias de Vida. Regra de aplicação simples e sem ingenuidade conceptual, reconhecer as diferenças e aceitá-las, não impor vontades, basear o conceito de liberdade individual e colectiva, no valor fundamental que é a Vida.

Estamos de passagem neste plano existencial, a vida é um percurso finito e aqui reside a primeira grande dificuldade, aceitá-lo, nada possuímos, nada é nosso, a posse é uma criação mental, é uma programação cerebral para o ter, ao invés do ser, o material não é nosso, e do imaterial só a Paz e o Amor são Verdade!

Albert Camus diz nos seus Cadernos - "La politique et le sort des hommes sont formés par des hommes sans ideal et sans grandeur".

A realidade actual mostra-nos que pouco aprendemos, pouco evoluímos, podemos ir a Marte, criar inteligência artificial, curar doenças (protelar a morte), controlar pandemias, etc… mas continuamos em lutas fratricidas, por razões menores, de posse, de terras, de poder, de controlo, de ideologia, de imposição de verdades. Continuamos a seguir uma regra, que sendo real é de aplicação díspar da utilizada, quando Publius Renatus afirma Si vis Pace Para Bellum - se quer paz prepare-se para a Guerra, segue a lógica que o "Bardo de Avon" nos oferece, numa das suas obras-primas, "The readiness is all", estar preparado é tudo!

A história geopolítica do Mundo é de uma dinâmica impressionante quando analisada com a distância temporal necessária, e observando intervalos de tempo mensuráveis aos séculos ou milénios! Daí a dificuldade em afirmar razões de posse, meramente históricas, geográficas, de interesse económico, estratégico e político. Nada possuímos, estamos de passagem, esse é um axioma insofismável que os líderes néscios rejeitam, não podem impor verdades, cada um vive a sua, e reside no diálogo, na aceitação e na cumplicidade a Chave para a Verdade!

Não existem verdades unívocas, ou as poucas que existem são Deidades, essa força com muitos signos, com muitos credos, mas que se define como um padrão referencial da Acão humana baseado em Paz e Amor, com respeito superior ao valor fundamental que é a Vida, que incorpore o - Ego Sum Lux Mundi, Via Veritas et Vita - Eu Sou a Luz do Mundo, o Caminho a Verdade e a Vida, pois neste plano existencial só a Paz e o Amor são de facto a Verdade!

Observemos que se a natureza não nos consegue impor uma verdade unívoca, como poderá um ser individual, ou um grupo tentar criar verdade para os outros ou até ter a presunção de o fazer, se esta não for consubstanciada em Paz e Amor?

É tão criminoso promover uma ação militar num país soberano, como é incitar a população a munir-se de armas e combater com cocktails molotov, levando-os para a morte certa!

Ver uma criança a chorar com uma lágrima honesta que lhe percorria a face carregada com o medo e o sofrimento, que não deveriam ser possíveis aos corações puros de quem a vida ainda desponta, a pedir que a guerra acabe, deveria levar os nossos políticos a repensarem a sua existência! Se os políticos não defendem a Vida e o Bem-Estar dos cidadãos, apenas dão razão a Camus - A política e os destinos da humanidade são forjados por homens sem ideias e sem grandeza.

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