Quando o Ano Novo desponta, inunda o Homem de Esperança.

Esperança essa, num Ano melhor a todos os níveis, pessoal, profissional, vaticina-se o já corrente Ano repleto de Saúde, Paz e Amor.

Camus dizia que “toda a infelicidade dos homens provém da esperança”, acima de tudo pois a esperança nem sempre reflete a vontade, e por outro lado a esperança reside não na inércia, mas em acção.

A Esperança não consubstanciada em Vontade, é perfeitamente vã, e transforma um bom intento, numa mera intenção vazia.

Ora se o Homem observasse o novo Ano de acordo com o vaticinado por alturas da passagem de ano, viveríamos num planeta de Paz, repleto de Amor, com muita Saúde e viveríamos todos Felizes.

Num Mundo de iniquidades, que anda a velocidades distintas, em que a fome, a guerra, o ódio, a dor, ainda preenchem grande parte da existência terrena, muito necessitávamos, que as profecias de fim de Ano se tornassem realidade. Então que falta? Vontade, Virtude e Verdade, na realidade necessitamos que o Homem acredite mais em si, que reconhecendo a sua insignificância no contexto do Universo, seja capaz de se tornar significante para edificação de um Mundo melhor.

O Homem deve compreender que reside em si o potencial de um mundo melhor, que faz parte de um desígnio maior, e que deve permitir que o seu espírito tenda sempre para o exercício do Bem em detrimento do Mal, em súmula, uma vida de Vontade e Virtude e em Verdade. Daqui decorre que o Homem é em grande parte o culpado por todas as iniquidades do Mundo. O desrespeito pelo que nos rodeia (que é mais real que nós), a crença numa superioridade perante o Mundo, a deificação do Homem, são base para o mal que existe no Mundo, obviamente propalados pelo sofisma do ter ao invés do ser, a posse como destino final do vazio existencial.

Mas eu acredito que seremos capazes, tal como Chiara Ferrau o afirma categoricamente, num mundo justo em que todos vivamos em Paz e Honestidade.

Reside na prossecução do caminho do Bem, assente numa cultura de Amor, e desapego, de Vontade, de Virtude e de Verdade, a solução dos males da sociedade que depois se repercutem no Mundo que vivemos. Tal como o mal conspurca e alastra, o Bem tem a capacidade de se propagar infinitamente.

Não profetize apenas, faça, aja, é a acção que faz a diferença, não se esqueça que o adágio popular – de boas intenções está o Inferno cheio, só é real pois as pessoas não colocam em prática, não colocam em acção, os pensamentos e planos elevados de Humanidade, permitindo espaço à boçalidade vazia, à letargia, ao mal. Acredite que somos capazes, reside em nós a chave da solução para os problemas do mundo, só falta agir. Faça o Bem, pratique o seu melhor, em cada acção despontará as primícias de um Mundo Melhor.

Nota:

Iniciamos o Ano com uma pressão enorme sobre os sistemas de Saúde, uma vez mais, por incúria. Com uma lição tão recente e tão dura como foi a Pandemia de Covid-19, esquecemos tão depressa, as regras para evitar as infeções respiratórias, ou se quisermos, não as esquecemos verdadeiramente, simplesmente não as colocamos em prática, uma vez mais falhou a acção, e daqui se depreende que, quando a acção falha o Mal vence.

Proteja-se, distanciamento social, regras de etiqueta respiratória, higiene das mãos, e uso de máscara, não deixe para depois.

W. Shakespeare -Hamlet “Estar preparado é tudo”.