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Artigo de Opinião

Administrador JM

9/07/2022 08:00

Na quinta-feira passada, o presidente do Governo Regional da Madeira anunciou uma nova infraestrutura subterrânea para colmatar as exigências de uma zona muito apetecida para prédios habitacionais, não só para as pessoas que os vão ocupar, mas também para todas as outras que acorrerão à zona imobiliária e comercial mais procurada da Madeira.

Como está fácil de perceber, seria impensável que os governantes apenas projetassem soluções depois das pessoas já estarem instaladas na zona. Os vários projetos imobiliários já anunciados para a zona oeste do Funchal - englobando produtos ‘premium’ e outros mais acessíveis à população madeirense - requerem a antecipação de alternativas, em termos de acessibilidade.

Acresce a essa responsabilidade o facto de, desde há muito, estar projetado o novo Hospital Universitário da Madeira, também para os mesmos lados, embora em zona não tão povoada.

Os dois fatores - imobiliário e hospitalar - tornam incontornável a implementação atempada de alternativas viárias e não só.

O anúncio feito pelo presidente do Governo Regional da Madeira vai no sentido do que uma governação responsável deve ter: planeamento, determinação, visão. Com legitimidade para decidir, Albuquerque chama a si, de forma antecipada, o risco e os louros da opção.

Evitar discussões eternas, sem nunca avançar ou dar passos concretos - veja-se os prejuízos e sobretudo as más consequências da indecisão de diversas governações nacionais no dossier ‘aeroporto’ - não é governar, é fazer de conta.

É óbvio que, no caso da anunciada Via Oeste, tomada a decisão principal, há e teria sempre de haver, espaço e tempo para discutir as questões mais acessórias. Ao fim e ao cabo, atravessar o Funchal por via subterrânea não é propriamente um projeto que se sonhe de noite e que se desenhe de dia, num estalar de dedos. Haverá também o espaço temporal adequado para a discussão política, desde que não se perca de vista a responsabilidade que todos os políticos também devem ter.

O Funchal é a terceira cidade do País e não pode evitar os problemas de crescimento que o desenvolvimento sempre acarreta. Por isso, o sentido de responsabilidade desafia também os seus autarcas a estarem atentos e disponíveis para colaborarem em soluções que visam o bem-estar geral, despidos dos tais interesses mesquinhos que, por vezes, impedem as cidades de se prepararem para o futuro.

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