Mas ajudei a fazer mais. Quando, em 2017, decidi abraçar o desafio de liderar o PS, fi-lo em nome da Madeira e de todos os madeirenses, convicto de que apenas a alternância democrática no poder garantirá um futuro melhor para os nossos filhos e netos. Liderei um projeto de todos os socialistas e madeirenses que acreditam na importância de mudar a nossa terra e, com o trabalho e esforço de muita gente, conseguimos, em 2019, retirar pela primeira vez a maioria absoluta ao PSD.

E ajudei a fazer ainda mais. Em 2019, o PS registou também o melhor resultado de sempre para as eleições legislativas nacionais e elegeu, pela segunda vez em toda a sua História, três deputados à Assembleia da República, ajudando a reforçar a maioria nacional do PS, para que continuássemos a governar o país. O PS Madeira fê-lo com uma lista que, por exemplo, respeitava os critérios definidos pelo PS para as próximas eleições, de apresentar uma representação não inferior a 40% de elementos de qualquer dos sexos e a cada sequência de três constar, pelo menos, um de sexo diferente. Foi assim que juntámos a experiência do Carlos Pereira, a juventude do Olavo Câmara e a sensibilidade social da Marta Freitas.

Agora, enfrentamos um novo momento decisivo para o PS, para a Madeira e para o país e temos uma grande responsabilidade pela frente: ajudar novamente o PS a ter uma maioria reforçada para continuarmos a recuperar Portugal da pandemia que enfrentamos. O projeto que foi precocemente interrompido na Assembleia da República deve continuar e se alguém achar hoje o contrário do que achou em 2019, deverá saber explicar muito bem aos madeirenses o porquê e assumir as responsabilidades e consequências disso mesmo.

No final de tudo isto, todos faremos os nossos balanços. Perante um PSD Madeira que promete tudo e espezinha todos, precisamos de reconstruir uma alternativa forte. Ao longo destes trinta anos, vi e aprendi muita coisa. Tenho um historial político difícil de replicar. Fui vereador da oposição durante 20 anos, fui deputado à Assembleia Legislativa Regional, ganhei três eleições para presidente de câmara com maioria absoluta e tenho um lugar de deputado na Assembleia Regional, para o qual fui legitimamente eleito e que não me coibirei de ocupar quando achar que posso fazer a diferença na defesa intransigente da população que me elegeu. Nunca virei a cara a um desafio e não será agora que o farei: pelo Porto Moniz, pela Madeira, por Portugal..