MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Administrador JM

26/03/2022 08:05

O pequeno-grande detalhe do anúncio dos nomes dos 17 ministros terá sido o primeiro de muitos que irão demonstrar que o ciclo que aí vem é mesmo diferente. O aparente desencontro com o Presidente da República, que deixou Marcelo Rebelo de Sousa sem palco mediático, não foi apenas uma falha protocolar. Foi um sinal muito claro de quem tem a legitimidade e o conforto de uma maioria conquistada com mérito, apesar de totalmente imprevista.

António Costa não fez nenhuma poupança ao reduzir dois Ministérios e uma dúzia de Secretarias de Estado, comparativamente ao organograma anterior. Fez uma ligeira adaptação, continuando com um número exagerado de ministros que, por seu turno, já começaram a multiplicar-se pelos seus imensos secretários de Estado. É um elenco grande, apesar de mais pequeno do que o anterior.

Contando com o próprio primeiro-ministro, o novo governo tem 9 homens e 9 mulheres, aparentemente para se cumprir a famigerada teoria das quotas ou da igualdade forçada. Os portugueses não quererão acreditar que Costa escolheu Catarina Castro para a ministra da Justiça porque se trata de uma mulher; os portugueses ficarão satisfeitos por saberem que a nova ministra assume essas funções porque o Chefe de Governo está convencido que ela é a mais competente e qualificada para o cargo. O mesmo acontecerá na Saúde, onde Marta Temido só pode ter sido reconduzida pelo bom desempenho que teve, e não porque é do sexo feminino. Idem aspas para Mariana Vieira da Silva, Ana Abrunhosa, Helena Carreiras, Maria do Céu Antunes, Elvira Fortunato, Ana Catarina Mendes e Ana Mendes Godinho.

António Costa tem toda a legitimidade do mundo para fazer as escolhas que fez. Mesmo que agora fiquemos desamparados na comissão das celebrações do 25 de Abril - o que será de nós sem Pedro Adão e Silva! - e que o PS fique sem o seu estratega para os compromissos eleitorais, o novo elenco governativo passa a ter todas as condições para desempenhar a missão que os portugueses lhe confiaram.

Não há Marcelo, não há PCP e muito menos o BE, que corte a raiz ao pensamento dos socialistas. Para bem dos contribuintes, há um partido com um mandato claro para governar durante quatro anos. É aproveitar este período de estabilidade política para fazer face às adversidades que, chamem-se pandemia ou guerra na Ucrânia, sempre aparecerão no nosso horizonte. A ordem é para governar! Que não lhes doam as mãos…

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Concorda que Portugal deve “pagar custos” da escravatura e dos crimes coloniais?

Enviar Resultados

Mais Lidas

Últimas