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Artigo de Opinião

12/10/2023 08:00

A estabilidade não pode ser desvalorizada. Enquanto cá, na Madeira e Porto Santo, tivemos, até à data, apenas 14 governos, no país, tem sido uma sucessão de trocas e baldrocas sem que isso signifique uma melhoria das condições de vida dos portugueses, sem que isso signifique que estejamos, como deveríamos estar, no pelotão da frente da Europa. Pelo contrário. Em Lisboa, são já o dobro dos governos - neste momento já vai em 23 - e o estado do país é o que está à vista de todos.

Ainda sobre estabilidade e governação, não posso deixar de referir a responsabilidade e rapidez com que foi negociado um acordo parlamentar com o PAN, por quatro anos, bem como a apresentação do novo Governo Regional, mais curto e, certamente, mais ágil, no encontrar de soluções para os problemas que afectam a Região e a nossa população, que é o que precisamos.

Naturalmente que nestas linhas não posso deixar de abordar os resultados das eleições regionais, sendo certo que confesso alguma desilusão pelo facto de o eleitorado não ter recompensado o bom trabalho que se efectuou entre 2019/23 (para não falar do que foi feito por todos os outros governos regionais,) com a maioria absoluta, mas cá estamos e estaremos para assumir as nossas responsabilidades e compromissos com a população e o futuro da nossa Região.

A Madeira de facto tem factos e curiosidades únicas no mundo. E se algumas a engradecem e tornam-na falada e conhecida em todo o lado, outros há que mais parece que vivemos uma realidade alternativa. E passo a explicar: devemos ser o único lugar do mundo em que todos os partidos ganham eleições mesmo os que não elegeram deputados. Chega a ser espantoso o que alguns dizem quando não são solução para nada e só sabem fazer confusão.

O pós-eleições, especialmente, quando não se alcançam os resultados almejados e, sobretudo, anunciados, obrigam à necessária e profunda reflexão.

No caso do PSD, tenho a convicção de que precisamos de reaprender o que temos vindo a perder: a nossa marca basista e familiar, de grande proximidade com a população, de meritocracia, cativando os melhores da nossa sociedade, em todas as áreas, não discriminado, não sendo elitistas, sabendo sempre dar resposta aos problemas e anseios das pessoas com uma governação justa e adequada, sem medo do combate político, em todos os sítios, em todas as freguesias e em todos os concelhos da Região, mas também nas novas plataformas onde o combate político seja necessário, porque o que realmente está em questão, não é apenas o futuro partidário, mas sim o futuro da Região, que não pode ficar nas mãos do "rectângulo".

E termino com uma simples questão: os madeirenses e porto-santenses que votaram CHEGA e elegeram quatro deputados acham realmente normal votar num partido que é anti-autonomia, que não tem solução para nada, apenas mal-dizer e cujo principal "candidato" foi um fulano, o líder nacional, que nem vota nem reside na Madeira?! Depois não se queixem…

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