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Artigo de Opinião

Deputada do PSD/M na ALRAM

26/03/2025 08:00

Estabilidade política significa dispor de condições para governar com paz social e sem constrangimentos maiores, que possam condicionar a ação do Governo.

Nenhum cidadão de bem deseja crises políticas e não gosta de brincar às eleições. Infelizmente, nos últimos 18 meses, muitos protagonistas políticos da nossa região e do nosso país quiseram brincar à política e sobretudo brincar com a vida das pessoas; para esses, o povo deu um sinal claro no último domingo, 23 de março, e mostrou que deseja e quer estabilidade, e em democracia, a vontade do povo é soberana e tem de ser respeitada.

Considero por isso justo elogiar a cultura democrática dos madeirenses e porto-santenses que desempenhou um papel crucial em todo este processo; apesar do cansaço eleitoral, na terceira vez em que foi chamado às urnas, o povo respondeu de forma clara, mobilizou-se de forma exemplar e votou. Goste-se ou não, o Povo da Madeira, depositou a maioria dos votos no Partido Social Democrata; a vitória eleitoral foi clara e expressiva em 10 dos 11 concelhos, em 51 das 54 freguesias da RAM. Cerca de 62 mil cidadãos escolheram um líder de governo e um projeto político, conferindo 23 mandatos ao PSD no parlamento regional. Esta escolha livre e soberana do povo, foi lamentada pelo líder nacional do partido socialista! Um triste episódio para alguém que é líder partidário, que quer ser candidato a primeiro ministro, que renega os seus camaradas da Madeira e que demonstra claramente o entendimento menor e inferior deste senhor socialista em relação à autonomia.

A escolha que o povo da Madeira e do Porto Santo permite uma governação estável, oferece segurança aos cidadãos, às empresas, aos investidores e promove um ambiente de paz social em que a inovação e o empreendedorismo podem prosperar.

Recordo as palavras de António Saraiva, presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, que em dezembro de 2022, aquando da polémica em torno da TAP, que levou à demissão de três governantes do executivo socialista liderado por António Costa disse que os episódios que atrasam, que reduzam a eficácia e que trazem fragilidade à estabilidade política causam “perturbação para o desenvolvimento do país”. Para o presidente da CIP, as situações de instabilidade política causam perturbação e adiam no tempo as decisões que devem ser tomadas; defendeu igualmente a necessidade de haver “condições de estabilidade política, que permitam definir e implementar as reformas estruturais necessárias e assegurem a previsibilidade essencial para as empresas e o país”.

Ora, estas palavras podem e devem ser rapidamente transportadas para a nossa realidade regional, e devem ser ouvidas por todos os protagonistas políticos. A Madeira já perdeu demasiado tempo devido à irresponsabilidade e egocentrismo político de alguns. Este não é tempo para fraco e demagogos, é o tempo de lutadores, de gente que sabe o quer para a sua terra e quer lutar por um futuro melhor para todos, sem exceção.

A situação geopolítica e os conflitos bélicos internacionais podem rapidamente nos atingir de forma indireta, mas condicionando as nossas vidas e a nossa economia. Por tudo isto, não podemos perder mais tempo, há que levar por diante o projeto social democrata, prosseguindo com os investimentos na educação, na saúde, no setor social, na economia da longevidade, na habitação, no ambiente, na agricultura, atraindo mais investimento, dando mais e melhores condições às empresas e à famílias para prosperarem e gerarem riqueza, e olhando também para quem precisa de apoio em momentos de fragilidade, promovendo a coesão e o elevador social.

Em frente é o caminho, porque para tal como dizia Sá Carneiro “procuramos, acima de tudo, defender os interesses de Portugal e dos portugueses, lutando por mais liberdade, mais justiça social e mais igualdade para todos.”

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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