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Artigo de Opinião

Deputado

5/08/2023 08:00

Permitam-me assumir em meu nome pessoal, mas também em nome dos meus colegas de bancada Parlamentar, a honra que foi defender os interesses dos Madeirenses e dos Porto-Santenses. Um desafio e uma missão que decidimos, desde a primeira hora, que deveria ser levada a cabo em equipa, uma missão cumprida com brio, e que só pode encher de orgulho os 3 deputados que compõem o Grupo Parlamentar do nosso Juntos Pelo Povo.

Como já é de conhecimento (e reconhecimento) público, o trabalho do JPP assentou numa filosofia de apertada fiscalização do Governo Regional, na defesa intransigente dos direitos dos Cidadãos, sempre focada em melhorar a qualidade de vida da população. Fomos, sem falsas modéstias, o Grupo Parlamentar que mais fiscalizou e que, por consequência, mais processos levantou ao Governo de Miguel Albuquerque.

Mas foram, também, muitas as iniciativas levadas a cabo pelo JPP, com foco especial em pastas como a Saúde, a Coesão Social, a Agricultura, o Ambiente, os Transportes, a Economia e a redução do custo de vida dos Madeirenses. Infelizmente, a maioria foi simplesmente ignorada pela coligação que nos governa.

Ignoraram todos aqueles 118 mil madeirenses que padecem de doenças e que merecem um serviço regional de saúde que lhes dê qualidade de vida.

Ignoraram os problemas de uma Região que continua a agonizar com uma má política de transportes marítimos e aéreos cujos elevados custos condenam uma Região insular.

Ignoraram a dignidade aos nossos idosos, negando-lhes o conforto na sua velhice, com acesso aos direitos sociais para os quais descontaram toda uma vida.

Ignoraram os nossos jovens, negando-lhes uma oportunidade de valorização na terra que os viu nascer, que merecem um futuro que não passe por recibos verdes e precariedade.

Ignoraram milhares de madeirenses que engrossam as listas da "pobreza envergonhada", que são obrigados a optar entre as compras no supermercado e a compra de medicamentos, entre pagar a renda da casa ou pagar as contas da água e da luz.

Ignoraram uma classe média desprotegida e ameaçada, que não consegue suportar a subida dos juros e a escalada dos preços dos bens e dos serviços. Onde comprar casa tornou-se uma missão impossível. Porque mesmo com uma das maiores taxas de risco de pobreza do país, continuamos a ver as casas a serem vendidas a preços obscenos, principalmente quando comparados com os rendimentos das famílias.

No setor agrícola, continuamos com uma redução significativa da área agrícola cultivada e a desistência de muitos agricultores em manter as suas produções. E se na banana, a gestão da GESBA revolta os agricultores, já os produtores de cana sacarina avisam que a produção acabará por desaparecer, caso o preço não seja aumentado.

Mas também o Ambiente e as nossas áreas naturais estiveram sob ataque político. Casos como a estrada das Ginjas, o teleférico do Curral das Freiras ou até mesmo o amianto enterrado em São Vicente são exemplos claros da forma obtusa com que é gerida a riqueza natural e ambiental da Região.

Numa legislatura marcada pela Pandemia, rapidamente nos ajustámos e honrámos a missão que o Povo nos confiou em 2019. Uma missão que só foi possível cumprir com o apoio de todos: deputados, assessores, funcionários, militantes e simpatizantes, conhecidos e anónimos, cujo contributo, coragem e dedicação só pode ser retribuído com gratidão.

Sendo impossível resumir neste quadro de opinião todo o trabalho do JPP durante os 4 anos de Legislatura, resta-me constatar o orgulho de ver a missão cumprida, mas assumir que a luta continua. Como todos sabem, o trabalho não termina após a colheita, no final do Verão ou no início do Outono. Depois de colhermos os frutos de uma época, é tempo de lançarmos mãos à obra, prepararmos, de novo, o terreno para novas sementeiras, para mais e melhores colheitas.

Enfrentaremos dificuldades? Sim! Tempestades? Sim! Obstáculos? Sem dúvida! Mas teremos sempre como primeira missão o nobre compromisso com o soberano povo. O compromisso de servir e não ser servido, sem constrangimentos internos ou centralistas, sem vícios partidários ou amarras a interesses pessoais, monopólios económicos ou subserviências a interesses instalados.

A 24 de setembro é exigido a cada cidadão e a cada candidato um olhar de futuro e de evolução. É com este sentimento de Missão Cumprida que vos afirmo: Estamos Juntos, Continuaremos Juntos e Juntos seguiremos em Frente, sem Medos!

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