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Artigo de Opinião

15/11/2023 08:00

O que está a acontecer atualmente em Portugal, com a grave crise política que se instalou com a demissão de António Costa, está a colocar em causa o prestígio das instituições do Estado e terá consequências enormes, diretas e indiretas, a todos os níveis, afetando seriamente, entre outros, o investimento estrangeiro eventualmente já contratualizado.

As medidas propostas pelo Governo para o orçamento de Estado de 2024, nomeadamente as alterações sugeridas ao nível do estatuto do RNH - Residente não habitual, irão inevitavelmente conduzir a uma diminuição do investimento direto estrangeiro, assim como à diminuição da atratividade do país por parte de profissionais altamente qualificados, contribuindo desta forma para a desaceleração económica e eventual e recessão económica do país.

As empresas, que já estavam numa situação delicada por causa da inflação e dos juros altos que estão a pagar, vêm adicionar um novo fator de instabilidade devido a esta crise política.

Outro fator de preocupação para os empresários portugueses, e não apenas os estrangeiros que pretendem investir em Portugal, é o incumprimento de algumas reformas devido à dissolução do Parlamento e uma consequinte retenção de alguns financiamentos por Bruxelas, o que irá provocar atrasos na execução do PRR, já de si com uma baixa taxa de execução antes da crise política.

A instabilidade criada após a demissão do Primeiro Ministro, caso não seja ultrapassada rapidamente, poderá colocar em causa o crescimento económico do país a que se vinha a assistir nos últimos tempos, assim como os grandes projetos na área da descarbonização energética.

Todos estes escândalos em volta da ação governativa têm consequências muito negativas na imagem externa do país, com consequências negativas nas opções de investimento estrangeiro em Portugal.

Outro aspeto que não podemos esquecer, independentemente da aprovação do orçamento de estado, é o adiar ou suspender durante vários meses novos investimentos com efeitos diretos no crescimento do país e da sua riqueza

Como conclusão, é urgente uma estabilidade política no país para que a confiança dos investidores, quer nacionais quer estrangeiros, não seja perdida e o país consiga executar os investimentos previstos, nomeadamente os do PRR e do Portugal 2030.

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