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Artigo de Opinião

Antropóloga / Investigadora

27/03/2023 08:00

Enquanto que muitos não sentem entusiamo pela função que exercem e só se mantém naquele local de trabalho por uma questão monetária ou de necessidade, outros acomodam-se pelo salário que lhes chega ao bolso no final do mês.

Isto é um reflexo dos dias de hoje.

Arriscar por algo que nos desperta aquela paixão e que nos faça crescer e evoluir nem sempre é um caminho a seguir.

Sempre com aquela rotina diária, numa correria para qualquer coisa, às vezes sem saber bem o quê, e da ansiedade que todos nós, de uma forma ou de outra, vivemos.

Esta rotina diária leva-nos a acomodar-nos ao trabalho que temos. É o nosso ganha-pão. Porquê querer mais? Este é o pensamento típico da nossa sociedade.

Após dias e dias a pensar nisto, questionei: será errado ambicionar por mais? Será incorreto desejar crescer a nível profissional e evoluir? Será errado arriscar por algo melhor?

A realidade é que o mundo do trabalho está cada vez mais exigente e competitivo. As previsões apontam todas no mesmo sentido: um cenário de incerteza à vista. E entre o certo e o incerto, seguimo-nos por aquilo que nos dá estabilidade e segurança.

Mas a verdade é que devemos nos guiar por aquilo que nos faz feliz.

Não interessa muito esmiuçar se é preferível acomodar ou ambicionar por mais, até porque, muito provavelmente, o melhor para mim não é o melhor para outros. O melhor para mim não é necessariamente aquele standard que tem de assentar a todos que nem uma luva.

Então qual o melhor modelo?

O melhor modelo, no presente ou no futuro, é aquele que na relação laboral, ambos - empregador e trabalhador - se sintam concretizados e, acima de tudo, felizes.

Procurar criar ações de melhoria, produzir normas e padrões de interesse, e, acima de tudo, saber "ouvir" o trabalhador são alguns exemplos que levam a uma saudável relação laboral. E não criar uma ditadura e tirania, fazendo com que o indivíduo trabalhe apenas por trabalhar e para pagar as contas ao fim do mês. É necessário estimular, igualmente, o interesse e entusiasmo do trabalhador. Produzir normas que, conciliando os interesses das partes envolvidas, sejam próximas aos interesses de todos e não apenas um mero debitar de regras sem sentido ou que ninguém sabe bem como aplicar. O reconhecimento e o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal são alguns dos fatores que contribuem para que os colaboradores se sintam mais felizes.

E se pensarmos que trabalhadores felizes são mais produtivos do que trabalhadores que trabalham por trabalhar, então arriscaria a dizer que são os trabalhadores felizes que alavancam a economia. E é nesses que se deve apostar!

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