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Artigo de Opinião

Farmacêutico Especialista

10/02/2023 08:00

O Homem vive na dimensão por si criada, obviamente condicionada pelo que o rodeia, o que é verdadeiramente real, logo vivemos verdades nossas (a nossa visão da realidade) subjugadas ao peso da circunstância, podemos afirmar então, que vivemos o mundo que conhecemos e que julgamos conhecer com base no que nos é permitido imaginar!

Hoje sabemos bem que as teorias das várias dimensões da existência são viáveis, seja pelos axiomas de Carl Sagan em que o facto de vivermos em 3 dimensões nos impede de observar as outras, passando pela teoria do multiverso de Max Tegmark, no fundo como vaticina Michiu Kaku a existência de várias dimensões tal como a teoria das cordas, aguardam apenas matemática mais capaz para a decifrar e concretizar, mas estão lá.

Não obstante tais considerações de uma pseudo-eternidade com existência multidimensional, existe uma verdade insofismável, o que importa é viver ao máximo, fruir da experiência na sua plenitude e isso só é possível trilhando o caminho do Bem.

O nosso desígnio é exercer o Bem, se quisermos, uma vida baseada e pautada por Amor.

É o nosso único desígnio, aqueles que nos amam estão sempre connosco já pensaram nisso, estão sempre presentes mesmo os que já partiram (desta dimensão terrena), é um mistério maravilhoso, mesmo A. Camus o "homem do absurdo", o qual em "O mito de Sísifo" nos fala desta existência fútil, trágica, quiçá resultado de uma punição divina, (haverá maior do que o trabalho inútil e sem esperança?) em "Carnets" A. Camus fala dessa relevância "tivesse que escrever um livro sobre moral, teria 100 páginas, e 99 estariam em branco". Escreveria apenas na última: "eu só conheço uma obrigação: a de amar". O Amor vence tudo, não existem barreiras, A.Camus para quem "toda a infelicidade do homem reside na esperança", vem-nos dizer que a nossa vida é um livro em branco, não há predeterminação, que a inexistência de um sentido vivencial é base para uma assunção plena de liberdade do homem em gerir, moldar criar esse exercício vivencial. "O homem não é nada em si mesmo. Não passa de uma probabilidade infinita. Mas ele é o responsável infinito dessa probabilidade." Carnets, Albert Camus.

Somos responsáveis por espalhar a semente do Amor, pautar o caminho pelo Bem, pela virtude, pela vida abnegada.

O Homem por vezes deambula na futilidade dos dias, gerando conflito, guerra, deixa-se levar pela boçalidade que o torna inferior aos outros animais que apelidamos de irracionais. A vida é tão curta, tão frágil, de um momento para o outro não estaremos mais aqui nesta dimensão, observemos esta tragédia de dimensão inimaginável que foi o sismo na Turquia/Síria, a imagem de uma menina frágil retirada dos escombros do que era o seu lar, onde ficaram a sua mãe e irmãos, só há uma maneira de vivenciar isto estendendo a mão, ajudando com sentido de humanismo, fraternidade, não há credos nem religiões, nem interesses, só Amor para dar, eu acredito, tenho fé na existência de um Homem superior que pauta a sua vida por Amor e que perante as adversidades da vida, abnegadamente dá tudo o que tem, o seu Amor.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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Há uma dor estranha, quase impossível de explicar, que nasce quando alguém que amamos continua aqui... mas, aos poucos, deixa de estar. Não há funerais,...

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