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Artigo de Opinião

15/08/2022 08:00

Ora vejamos: uma crise sem igual no Sistema Nacional de Saúde, com vários serviços de urgência, por todo o país, a encerrarem, por falta de médicos, em particular nas especialidades de obstetrícia e ginecologia, situação ainda mais caricata e preocupante quando tanto se fala no défice demográfico e as famílias que pretendem ter filhos nem podem confiar nos serviços públicos de saúde, ainda para mais com a ministra da Saúde a criar uma comissão para analisar o problema em vez de arranjar soluções. As pessoas não querem comissões, querem sim médicos, enfermeiros, técnicos, querem ser atendidas, diagnosticadas, tratadas, sem terem que fazer dezenas ou centenas de km para tal.

Nos aeroportos continentais, foi o que se viu, um caos sem fim de atrasos e confusões, nomeadamente por falta de efectivos do SEF, que o governo quer extinguir, para não falar da calinada do ministro Pedro Nuno Santos que, sem conhecimento do primeiro-ministro e do presidente da República e sem o consenso do maior partido da oposição e única alternativa credível ao actual desastroso estado de coisas, o PSD, anunciou e fez publicar o despacho em que o novo aeroporto de Lisboa seria em Alcochete-Montijo, tendo logo levado um puxão de orelhas, que quase lhe custava o lugar no governo, o que foi pena não ter acontecido, pois, assim, era menos um a atrapalhar este país.

Depois, os incêndios. Isso mesmo. Portugal continua a arder, ano após anos. A desgraça, a tragédia, de Pedrogão não serviu de lição para o governo socialista - os governos existem para prever os problemas e arranjar soluções para eles.

Para se ter uma ideia e o Verão ainda tem muitos dias pela frente, este ano já ardeu muito mais área do que no ano passado. Não sei se as pessoas têm esse conhecimento, mas Portugal é o país da União Europeia que mais arde no Verão. Foi assim em 2016, 2017, 2018 e, o que mais fogos teve em 2020. Infelizmente, continuamos nessa triste sina de nefastas consequências pessoais, económicas, sociais, ambientais, sem que o governo consiga soluções para esta incendiária e deprimente recorrência.

E que falar da contratação especial de Sérgio Figueiredo, um dos spin-doctores de estimação do PS, para consultor, indo ganhar tanto quanto um ministro. Mais precisamente 140 mil euros em dois anos. Sim. Isso mesmo. O novo consultor que o ex-presidente da CML e actual ministro das Finanças contratou, não se sabe para quê, vai receber como um príncipe. A pergunta que se coloca é para quê?! É, porventura, este senhor, que vai solucionar os problemas deste país?! Mas não há, no rectângulo, dezenas e dezenas de gestores públicos, com provas dadas?!

E muitos mais casos podia apontar para mostrar, inequivocamente, a desgraça em que está este país, que é tanta que me faz lembrar o sketch do Sr. Feliz e Sr. Contente do Herman José e Nicolau Breyner: «Como passa Sr. Contente? Como está, meu caro amigo e bem-amado Sr. Feliz? Diga à gente, diga à gente, como vai este país?». Pois bem, uma desgraça, repito. Não é este o Portugal que queremos, muito menos o Portugal que os portugueses precisam e merecem.

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