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Artigo de Opinião

Vice-presidente da ALRAM

13/09/2022 06:12

A cena montada, pelo próprio Governo da República, em torno deste programa de ajuda às famílias, rivaliza com os filmes de Alfred Hitchcock, o "mestre do suspense". No entanto, ao contrário do famoso diretor e cinematógrafo inglês, que manipulava o espetador guiando-o para um ponto limite de tensão com técnicas refinadas de um novo estilo no cinema, mas que o recompensava posteriormente com uma bela narrativa, o Governo liderado por António Costa defraudou toda e qualquer expectativa depositada nestas novas medidas.

Quando o País mais precisava de um Governo responsável, que encetasse políticas arrojadas para combater as dificuldades sentidas pela população, António Costa fez aquilo a que nos tem habituado: pensar na sua popularidade, na sua sobrevivência política, no mediatismo. Esta postura contrasta com a obrigação de qualquer Primeiro-Ministro, que é a de ser estadista, a de perspetivar e garantir o futuro.

Ora atente-se às medidas anunciadas a semana passada.

O Governo dá um suplemento extraordinário aos pensionistas no valor de meia pensão em outubro e anuncia um aumento extraordinário de pensões para 2023, mas baixa as pensões em 2024 por via do congelamento do aumento extraordinário. Espero, a todo o momento, que António Costa volte atrás e que corrija esta leviandade para com os nossos pensionistas.

O Governo propõe a redução do IVA em 6% para a eletricidade, mas esqueceu-se de reduzir também o IVA dos combustíveis e do gás, bem como a redução do ISP, tal como foi proposto pelo PSD Nacional, e como já aplicado por vários países europeus. Estas medidas representariam uma poupança considerável para as famílias e empresas.

O Governo atribui um suplemento de 125 euros a cada cidadão que aufira até 2700 euros, mas que será pago apenas no mês de outubro. Será que o aumento dos preços que se verifica na generalidade dos bens e serviços só se verificará em outubro? Há meses que o custo de vida tem vindo a aumentar, sendo esperado se agravará nos próximos tempos. Porquê ser só em outubro?

Estes apoios dados pelo Governo da República não são mais que pensos rápidos, que visam disfarçar a incapacidade do Primeiro-Ministro em fazer as reformas urgentes e estruturais que Portugal precisa. E não adianta apregoar que é por falta de verbas. A receita fiscal até julho do corrente ano já era 5.5 mil milhões superior ao ano de 2021.

Acresce ainda que a previsão da receita fiscal para 2022 era de 3.5 mil milhões de euros. Quer isto dizer que nos primeiros 7 meses, do presente ano, o Governo já cobrou mais 2 mil milhões de euros do que tinha previsto para todo o ano. A questão é simples - Porque não está esse montante a ser canalizado, de forma estruturada e efetiva, para ajudar as famílias, as empresas e as instituições?

O Governo da República esteve mal no conteúdo e na forma.

Este Governo de maioria socialista mantém os apoios eventuais, as medidas avulsas, as políticas assistencialistas, que só empobrecem o país e não alteram a qualidade de vida e bem-estar da população.

O socialismo no seu esplendor.

Rubina Leal escreve à terça-feira, de 4 em 4 semanas

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