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Artigo de Opinião

25/02/2025 08:00

Não há como fugir... O ‘estado da nação’ não permite mais fugas para a frente, nem para mais tolerância. A situação é deveras preocupante e, por isso, está na altura de falar sobre o elefante na sala, Marítimo da Madeira Futebol SAD, daqui para frente, Marítimo, maior das ilhas, leão do Almirante, verde-rubros, etc., etc. A SAD, claro está, o clube esse fica, por enquanto, em stand-by. Teremos de começar pelo início, como sempre, mas 1910 parece demasiado distante, e com muito para cobrir, para o que queremos discutir. O ano de 2023, traumático para todos os maritimistas, é demasiado cedo. Que tal 2018? Não sei quanto ao leitor, mas a mim parece ser a altura temporal mais apropriada.

A bonança antes da tempestade

Então recuemos a maio de 2018, último jogo da época, em casa frente ao Sporting, vitória por 2-1 e a confirmação que o técnico que orientou a equipa para uma qualificação europeia na época anterior e que nesta guiou o Marítimo para um tranquilo 7º lugar, não iria continuar à frente dos verde-rubros, trocando-o por um recém primodivisionário Chaves. As razões para isso nunca foram bem esclarecidas, se o clube não fez um forcing para o manter, se entrou em choque com forças superiores, se a outra proposta era mais vantajosa, ou outra situação, a realidade é que Daniel Ramos, apesar do futebol cínico apresentado pelo Marítimo, tinha caído no goto dos maritimistas e iria para outras paragens. Quem seria o seu substituto? Alguém de renome para continuar a levar o Marítimo à metade superior da tabela classificativa, com certeza.

O início da tempestade

Junho de 2018... Cláudio Braga o eleito. E começava a roda-viva de experiências, alternando com ‘salvadores’. Braga durou até novembro, Petit terminava a época, 11º lugar.

2019/20 e o Marítimo tinha dois treinadores, continuava a pagar ao Petit, mas quem se sentava no banco era Nuno Manta Santos, pelos menos até novembro, outra vez, altura em que entrou José Gomes, fim da época e mais um 11º lugar e um novo treinador.

2020/21 o carrossel começa a girar mais depressa, Lito Vidigal durou até dezembro, Milton Mendes, saído dos sub23, até março, e Julio Velázquez terminou a época que viu os verde-rubros a safarem-se por um ponto do lugar do playoff de descida.

2021/22, depois da salvação no último instante Julio Velázquez continua até novembro, mas esta época marca o fim de uma era. Outubro de 2021, o Marítimo vai a eleições e os sócios escolhem a mudança, Carlos Pereira sai e regressa Rui Fontes. Em novembro entra o primeiro treinador da nova era, Vasco Seabra, e com um início auspicioso o ‘Leão do Almirante’ volta a ter um final de temporada tranquilo e termina no 10º lugar.

A tempestade

Com um final de época tranquilo, como algum tempo como há muito não se via, e a continuidade do treinador, previa-se o regresso à bonança, mas puro engano. Má gestão de uma administração sem arcaboiço para a situação e João Henriques entrava em setembro, José Gomes voltava para novamente tentar a salvação, mas tal não foi possível e a entrada no olho da tempestade ficou traçada, a descida da divisão maior do futebol português.

A tempestade continuava a aumentar de intensidade, com um grupo de pseudo-donos do Club a tomar as rédeas. 2023/24 começa com muita intranquilidade, num espaço de 2 anos o clube voltava às urnas, Tulipa, o treinador, não aguentaria a mudança de direção, do grupo dos pseudo-donos, e entrou Fábio Pereira, que esteve a 10 minutos do playoff de subida à 1a divisão.

O treinador madeirense inicia uma época que não devia de ter começado, em setembro entra Silas, incompatibilidades ditam a sua saída em outubro, Rui Duarte é o senhor que se segue, mas 9 jogos, nem uma vitória. E estamos agora com Ivo Vieira, o homem que queremos que seja o salvador.

Entretanto os pseudo-donos voltam a se revoltar com quem lá puseram. E a tempestade tarde em amainar.

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