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Artigo de Opinião

7/11/2023 08:00

Esta será a última crónica antes das famigeradas eleições que irão decorrer em meados deste mês. As listas a apresentar têm de estar prontas até às 17 horas, de hoje, segunda-feira, dia 6 de novembro, que é quando este vosso maritimista, não vou por o número de sócio para não me sentir velho, está a preencher este canto com palavras. Até à hora que vos escrevo, não sei quantas listas irão a sufrágio, nem os nomes das pessoas que compõem as mesmas, da mesma maneira que continuo sem saber quem foram os cinquenta sócios que propuseram a assembleia destitutiva, se estão presentes em alguma lista, digamos que isso a acontecer seria a coisa mais lógica que faziam. Resumindo, escrevo às cegas.

Rumores, porque até ao momento é isso que são, existem pelo menos duas listas, uma de um passado não muito longínquo, envolvida em projectos de Marítimo LAB, que vendem como oitava maravilha, mas sem sabermos de resultados efetivos disso, talvez porque o mesmo foi um projecto reciclado dos anais da história do Marítimo não muito longínqua. Outra de um passado bem mais presente, composta por supostos dissidentes da atual direção, que como Pilatos lavam as mãos. Nesta campanha, que prevejo pior que a anterior, assistiremos a lavar de roupa suja de um lado e de outro, de que "é importante investir na formação", sem ideias de como fazer isso, "temos de trazer o clube para o século XXI", grilos serão ouvidos depois desta afirmação, "direitos televisivos", sem saber que Liga Portuguesa de Futebol Profissional juntamente com a FPF têm de apresentar uma proposta de projeto de lei até à época 25/26, de modo a centralização entrar em funcionamento em 2028, entre outras conversas em que a substância é igual ao interior dos balões dos Pais Natais que daqui a dias invadem as ruas do Funchal. Esta é a crise diretiva, mas que com jeitinho salta para a crise de identidade com candidatos a falar do fecho das modalidades amadoras.

Infelizmente, para uns, o Marítimo ao longo dos seus 113 anos transformou-se numa instituição que vai para além do futebol. A instituição, que muitas vezes substitui o Governo Regional da Madeira, é o símbolo eclético de um Região que tem vindo aos poucos a desfazer-se desse mesmo ecléticismo. Existem modalidades que atualmente só continuam com representação graças ao trabalho da instituição Marítimo, e é assustador como o fecho de modalidades amadoras venha a surgir como surge nas conversas de café o onze da equipa de futebol para o próximo domingo. Recorrendo à história, o futebol do clube na década de 30 do século passado fechou as portas, mas a instituição resistiu graças às suas modalidades, ditas, amadoras.

Chegamos ao fim, a crise futebolística, conhecida também por: "a bola não entra", neste caso é mais "a bola entra em demasiada na baliza errada". Aqui temos de ver se não entra por incapacidade dos executantes, ou se por quem manda executar. Mas a partir do momento em que quem manda executar entra em confronto com os adeptos, que já não andam com muita paciência, notamos que a incapacidade é de manda executar.

P.S: Não tem nada a ver com o escrito em cima, mas é assustador termos os bilhetes para a primeira fila de um genocídio/extermínio. O mais estranho é ver que sofreu do mesmo, fazer o mesmo.

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