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Artigo de Opinião

23/05/2022 08:00

Nesse sentido, notemos isto: desde que entrámos na União Europeia, em 1986 e, até agora, o país tem sido governado mais pelo PS do que pelo PSD. Aliás, se esta legislatura chegar ao fim, em 2026, os socialistas terão estado no poder, contando de 86 para cá, praticamente 25 anos.

Ora passado, todo este tempo, mesmo sem contar com esta nova legislatura, ainda a começar, o que é que se vê e que foi, exemplarmente, dito pelo Presidente do PSD-Madeira, acompanhado por Pedro Calado, enquanto mandatários nacional e regional, respectivamente, aquando da formalização da candidatura de Luís Montenegro à liderança do PSD e que revela bem a importância que a Madeira tem para o PSD, por sermos sempre o bastião que tem resistido ao socialismo das promessas fáceis, mas nunca compridas: Portugal, com o socialismo há décadas no poder, está a caminho de ser o País mais pobre de toda a Europa. Há mais de 20 anos que a economia portuguesa não cresce. Vivemos o mais longo período de divergência económica com a Europa nos últimos 100 anos. Estamos a ser ultrapassados por quase todos os antigos países de leste que aderiram à União Europeia, em 2004, e que, na altura, eram muito mais pobres do que Portugal. O poder socialista não capturou apenas o Estado, instalou, através de doses maciças de propaganda, uma anestesia acrítica, na sociedade, que não nos permite ver o que está à frente dos nossos olhos. Com uma dívida astronómica, hoje estamos totalmente dependentes do BCE e dos dinheiros da Comissão Europeia».

Ora é precisamente para inverter esta triste realidade que Luís Montenegro, com o importante apoio do Dr. Miguel Albuquerque Presidente do PPD/PSD MADEIRA, e do Dr. Pedro Calado, Presidente da Câmara Municipal do Funchal, se candidata à liderança do PSD. Mas este importante desafio, diria mesmo, esta hercúlea tarefa, significa também que o PSD tem de se ancorar na sua ainda bastante forte base autárquica e regional, tem de alargar a sua base social, voltar a ser o partido da juventude e das causas mais importantes para voltar a ser o grande partido, central e fundamental para o regime democrático e constitucional, que durante muitas décadas foi.

A tarefa não é fácil, sabemo-lo bem, mas nada é impossível, pelo menos até o tentarmos. Sabemos que à direita do PSD, o outrora importante CDS, sobretudo no campo nacional, atravessa um momento negro, sabemos, igualmente, que CHEGA e IL estão na sua fase crescente e que estão a captar eleitorado que outrora se revia no discurso e nos governantes do PSD.

Voltar a captar esse eleitorado, voltar a ser um partido credível, nos seus líderes, nas suas propostas, capaz de ser novamente poder é o que o PSD precisa e irá, certamente, conseguir, porque, mais do que tudo, mais do que ser o que o próprio partido precisa, é o que o país também precisa, sob o risco de continuarmos a divergir da Europa, tal como tem vindo a acontecer.

Portugal precisa de voltar a convergir com o crescimento económico e social da União Europeia, de voltar a desenvolver-se e modernizar-se e está mais do que visto que, com o PS, sozinho, ou em gerigonça, não vamos mesmo lá...

Post Scriptum: Aplaudo a homenagem feita aos professores na abertura dos jogos escolares, bem hajam senhores Professores.

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