Esta semana, não há quem não tenha dado pelo espampanante anúncio do ‘IVA zero’ em meia centena de produtos, que o Governo Central quer implementar para mostrar que está a governar. Na Madeira, o Governo Regional vai seguir o mesmo caminho.

Do que poucos estão lembrados é que, há pouco mais de meia dúzia de anos, Portugal baixou o IVA da restauração para tentar aumentar o consumo. Se bem nos lembramos, os preços subiram. O consumidor ganhou zero.

Agora, é verdade que a conjuntura é diferente, sobretudo em termos de inflação. Mas parece que o resultado vai ser o mesmo: zero no IVA, quase zero para o consumidor que também é contribuinte.

Vamos esperar mais 15 dias. E esperar que o governo merceeiro tenha razão. Era bom que tivesse razão.

Razão começam a ter os porto-santenses que clamam por mais turismo no inverno, resolvida que está - aparentemente - a questão do verão. O impulso para esta discussão aconteceu, pela quarta vez, por intermédio das ‘Jornadas Madeira’, do JM e da sua rádio 88.8, que regressaram à ilha dourada para abanar consciências.

A nossa missão foi amplamente cumprida. Ficaram os testemunhos, as promessas e a vontade de alterar o estigma que tem condicionado a vida dos porto-santenses, sobretudo a cada inverno que passa.

Também em reflexão, na semana que hoje termina, estão os principais clubes desportivos da Madeira. Marítimo e Nacional despertaram para as novas realidades que os seduzem com capitais alheios às quotas mínimas da sua massa associativa. Uma discussão que tem avançado com muitos palpites distorcidos, muito distantes da realidade atual.

A verdade é que os clubes precisam de atualizar-se e adaptar-se às novas realidades, aos seus concorrentes diretos, a um ambiente desportivo que já não tem quase nada de paixão, mas sim muita racionalidade. Os tempos mudaram, adeptos da bola!

O que não muda é a impercetível moda de pagar extras para a PSP fazer o seu trabalho. Já não basta vermos agentes fisicamente bem preparados e profissionalmente aptos para a profissão que escolheram, sentados atrás de secretárias a preencher papeladas e a notificar processos de tribunal. Ou seja, em muitos casos fazem tudo menos policiar. E quando precisamos que zelem pela segurança pública, temos de lhes pagar outra vez, em gratificados. No mínimo, esquisito.

Ponto parágrafo

Hoje o JM Madeira inicia um ciclo novo, com um novo diretor e uma nova administração. Pessoalmente, é já com alguma nostalgia que deixo para trás 35 anos de jornalismo, com os últimos seis nesta casa, numa experiência carregada de muitos detalhes enriquecedores. Continuarei esta caminhada noutras funções.

Para cada um dos profissionais do JM Madeira e da sua rádio 88.8 este é apenas um momento para recarregar baterias e apontar ao objetivo seguinte, dando continuidade à tal caminhada para, primeiro, afirmar este Jornal como alternativa credível no panorama regional, depois para conquistar o estatuto de indispensável ao desenvolvimento e à democracia na Madeira. É para lá que vamos.