A operadora Altice acaba de reforçar a disponibilidade da fibra ótica em toda a região autónoma, tendo os seus responsáveis aproveitado para assinalar de forma condigna os 25 anos da rede móvel na Madeira.
Já o concessionário dos aeroportos portugueses optou pela Ilha do Porto Santo para formalizar uma série de compromissos de índole ambiental, com repercussão direta na atividade aeroportuária.
A presença de tão ilustres figuras demonstra respeito e compromisso. Para as empresas é também uma forma de divulgação e promoção dos seus negócios, enquanto para os responsáveis políticos que os receberam pode significar uma grande ajuda no cumprimento das suas funções e responsabilidades públicas.
A presença das administrações da Altice e da ANA seria um bom exemplo para a administração da TAP, por exemplo numa semana em que eclodiu mais uma série de críticas e denúncias. A companhia aérea continua envolta num emaranhado de problemas gigantescos, mas não perde o discernimento quando toca a hora de ‘aproveitar’ o filão dos voos de e para a Madeira, demonstrando uma postura que revela deslealdade.
Os valores cozinhados para as passagens aéreas de e para a Madeira, que sobem e descem em função de um oportunismo miserável, exploram até ao tutano a incompetência do Estado português e uma certa ingenuidade regional. As passagens para a Madeira são ‘dinheiro em caixa’ para a TAP, que arrasta as outras companhias para práticas similares. Na ânsia de ‘esfolarem’ os cofres públicos, a coberto dos tetos máximos que não prejudicam os residentes, mas lesam as contas públicas, a TAP até vende tarifas económicas a valores superiores às executivas, tal como o JM denunciou esta semana.
Estas e outras questões deviam estar subjacentes às corridas eleitorais que por aí vão. Em fevereiro, por capricho e vontade presidenciais de ficar na história à conta da queda de um governo, Portugal terá um novo Executivo. Na Região, os principais partidos também estão a acomodar-se para umas eleições onde só eles têm a ganhar. Porque vão rodar candidatos, serão feitos os ajustamentos que as máquinas partidárias gostam e precisam de fazer.
A azáfama partidária, por agora, não deixará margem para resolver problemas efetivos, como é o caso dos que são gerados pela transportadora aérea nacional.