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Artigo de Opinião

Deputado na ALRAM

4/10/2023 08:00

As pessoas deram um sinal claro de vitória popular, mas, lamentavelmente, não foi suficiente para conseguir a maioria absoluta, ainda que, na noite de domingo, tenha saído como grande derrotado o Partido Socialista, que conseguiu perder mais de 40% dos seus votos em relação a 2019.

Sem maioria absoluta, o PSD, e bem, decidiu negociar com o PAN um acordo parlamentar, garantindo, com responsabilidade, a estabilidade governativa. Um entendimento claro e inequívoco para os próximos quatro anos. Um acordo, contudo, que tem colhido reações vergonhosas e de desrespeito absoluto por parte da oposição madeirense, desde a extrema-direita até à extrema-esquerda, acompanhado dos "heróis anónimos" das redes sociais que não duvidaram em atacar, que não pouparam em assumir posições vergonhosas e baixas, demonstrando a sua (in)tolerância e o seu (des)respeito pela democracia.

O problema, para alguns, não parece ser o parceiro de Coligação, mas, sim, a raiva pelo facto de o Dr. Miguel Albuquerque ter encontrado uma solução para termos estabilidade.

Tenho a certeza que estes quatro anos serão de muita luta no parlamento regional, com nove partidos, mas, sobretudo, com o regresso de mais um partido da extrema esquerda e a estreia de um partido da extrema direita.

O velho conhecido Bloco de Esquerda lutará, com os comunistas, para ver qual é o partido que mais apoia ditaduras no mundo. Dois partidos rendidos à família Castro, com ideias marxistas e uma agenda "progre" que, com certeza, vão tentar levar os ideais de Lenine e de Estaline convertidos em propostas ao parlamento regional.

O partido de André Ventura, sócio do VOX espanhol, partido contra as autonomias, que demostrou, durante a campanha na Madeira, um discurso de ódio contra os migrantes e contra aqueles que têm regressado, apelidando estas pessoas de subsídiodependentes, fará, também, a sua estreia na Assembleia. Fá-la liderado por uma pessoa que, na Região, divulgou, na madrugada das eleições, declarações falsas do Dr. Alberto João Jardim, e que, de certo, vai tentar trasladar a imagem do seu chefe de Lisboa ao parlamento, tal como fez na campanha, deixando sérias dúvidas sobre a sua lealdade para com a Madeira e sobre quem manda no Chega Madeira.

Contra estes partidos extremistas, temos que lutar, de forma clara, sem meias tintas, com coragem e com respeito institucional, e demonstrar que os extremos nunca governam bem.

Na história, estes movimentos têm feito parte de conjunturas que nunca acabaram da melhor forma. Temos de ser capazes de demonstrar, nestes próximos quatro anos, quem verdadeiramente tem as melhores ideias e as melhores propostas para a nossa Região e desmontar as suas falácias.

Não podemos ceder nem um milímetro quando estamos perante partidos extremistas.

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