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Artigo de Opinião

Conselheiro das Comunidades - África do Sul

12/02/2021 08:00

Peço que não seja interpretada como um ato de prepotência ou de pensamento totalitário. Mas faz sentido. As regras da covid quer queiramos quer não, abruptamente adotaram outra diretriz acontecendo precisamente quando pensámos que estava tudo resolvido, não havia mais restrições, infeções ou óbitos da covid-19 e a ilusão de se ter precocemente concluído de que a vacina era a cura milagrosa e que tudo tinha ficado bem em forma de AstraZeneca. Aconteceu exatamente o oposto.

O incumprimento de regras básicas para travar a disseminação deste vírus ao qual ainda não lhe foi atribuído um nome próprio terá de continuar a ser observado com atenção onde as pessoas se capacitem de que essas regras têm de ser cumpridas sem hesitações a começar no seio familiar, respeitando-se e fazer respeitar assim as regras para a sua própria segurança e dos outros igualmente.

Ouvindo atentamente especialistas, nesta matéria, um expressivo número é unânime em afirmar de que a covid poderá permanecer ao longo das nossas vidas, ou por outras palavras, décadas, após a conclusão de um estudo sobre a eficácia da vacina AstraZenec, o qual concluiu que esta vacina é menos eficaz contra a variante identificada no fim do ano passado, na África do Sul, ocasionando conjeturas das mais variegadas inflingindo receios profundos. Tudo isto são pormenores que não deixaram de causar grande apreensão na nossa Comunidade onde já se constataram inúmeros óbitos. O défice de informação ou a falta de se elucidarem contribui bastante para essa apreensão. Apesar de especialistas nesta matéria terem aconselhado ao governo a compelir com a uma pausa na administração da vacina conforme o processo já planeado, afervorou mais dúvidas. Todavia isto não significa que a vacina deixará de ser administrada, não, as autoridades têm priotirizado aplicando-a onde melhor for, tendo como objetivo imediato o de experienciar redução em hospitalizações. O medo permeou na Comunidade em geral, especialmente nos mais vulneráveis, idosos e menos esclarecidos em alguns casos muito devido "às bocas" dadas por capadócios da mesma comunidade. Muitos se interrogam que após terem passado através da fase de covid-19, batalham para recuperar totalmente , mas continuando a arrastar o fardo do sofrimento continuado de sintomas que incluem cansaço e desordens do foro cardíaco, neurológico e renal. É de notar com relativa facilidade que a franja menos privilegiada da nossa Comunidade desconhece o trabalho científico e que parece esquecer ou desconhecer que vive num país onde os seus cientistas provaram estar entre os melhores do mundo para identificação do genoma e sequenciamento das suas variantes, não sendo menos verdade que na mesma Comunidade há outras pessoas que têm esperança, transmitem esperança, querem admitir e fazer admitir de que os avisos desses cientistas, são baseados em estudos científicos que giram em torno da covid-19 que evoluiu mais velozmente do que era espetável e que surgirão as almejadas suavizações nas restrições das regras a vigorar e eventualmente poderão usufruir da disponibilidade de vacinas não havendo razão para desânimos, como também não poderão haver razões para "baixar a guarda", mas sim ter sempre em mente que de ora avante as regras e regulamentos se tornaram indiscutivelmente um modo de vida necessário para salvaguardar a vida que é o nosso bem mais precioso e considerar sempre que a nossa liberdade acaba onde a dos outros começa.

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