MADEIRA Meteorologia

Artigo de Opinião

Administrador JM

31/07/2021 08:05

Tal como nos ‘dizem’ os números que vão saltando dia a dia, o vírus ainda não foi derrotado. Nem sequer está controlado. Temos as vacinas que, segundo os especialistas, reduzem mais de três vezes os riscos de morte ou de simples infeção, mas não temos a cura que tanto jeito nos daria para cantar vitória.

Por tudo o que já se vai sabendo, finalmente, é demasiado utópico imaginar que na quarta-feira estamos expostos a mil perigos, e que na quinta seguinte, após duas horas de reunião do Conselho de Ministros, estamos aptos a aderir à chamada ‘libertação’.

Uma libertação assim só pode ser poeira para os olhos. É incrível como gente responsável passa do 88 para o 8, mesmo depois de já ter experimentado e repetido os mesmos solavancos, com consequências graves. Significa que, após algumas semanas de ‘libertação’, o mais provável é termos de recuar e sermos humilhados outra vez.

Tal como se escreve no início, todos estamos convocados para enfrentar o vírus, estando ‘proibidos’ de ceder perante as suas ameaças e limitações. Mas exige-se contenção nos atos e algum respeito pelo que a pandemia ainda nos pode impor.

Na Madeira, a euforia está um pouco mais contida. As autoridades até já sabem que o número de novas infeções vai aumentar e que essa realidade continua a suplantar o número de infetados que já recuperaram.

Apesar de nos sentirmos um pouco mais seguros, vivemos uma retoma económica - sobretudo ao nível turístico - que era exatamente o que queríamos, mas que também acarreta muitos perigos. Não há ordem para ‘libertar’; quanto muito, poderá haver condições para (sobre)viver um pouco melhor, sempre de forma comedida.

Mesmo assim, com essa contenção, a Madeira teve uma semana com algumas boas notícias, apenas ensombradas com a preocupante redução da população em quase todos os concelhos. Uma realidade demográfica que passa um atestado negativo a todas as autoridades e às suas apostas de longo prazo claramente deficitárias, perante tão claras evidências.

Positivas, bastante encorajadoras até, foram as diversas indicações deixadas pelo ministro de Estado e da Economia. Quer pela forma como decorreram a visita e os vários contactos, quer também pelos ‘compromissos’ que assumiu na entrevista ao JM Madeira.

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