O PAN acusou hoje o Governo de "beneficiar os combustíveis fósseis" por ter feito uma revisão do ISP que anula a redução do preço dos combustíveis e defendeu a necessidade de um plano energético para o inverno.
"É com preocupação que olhamos para mais uma vez o Governo estar a beneficiar os combustíveis fósseis, mas também uma total ausência de medidas e de planeamento para aquilo que vai ser este inverno", criticou a porta-voz do PAN.
Inês de Sousa Real defendeu que, face a um inverno que deverá ser "novamente rigoroso", é necessário que o Governo, "com urgência, ponha em marcha medidas como as que foram aprovadas no Orçamento do Estado, nomeadamente o alargamento da tarifa social de energia, mas também os 10 milhões de euros para apoio e aquisição de veículos de mobilidade suave para fazer a transição em matéria de descarbonização o mais celeremente possível".
"Ainda não ouvimos da parte do Governo, ao contrário de outros países como a França, dizer o que vai fazer se de facto tivermos até outras medidas que possam por em causa de forma continuada o abastecimento de energia, inclusivamente ao nível dos consumidores domésticos e não só", apontou.
A líder do PAN defendeu igualmente que "seria importante reintroduzir também o limite máximo dos preços da bilha de gás", alertando que "a escalada dos preços vai prejudicar uma vez mais as pessoas que já estão em situação de pobreza energética".
"O PAN tem deixado bem claro que temos de parar de beneficiar os combustíveis fósseis e aliviar as famílias e empresas", salientou a líder do partido, apontando que "o Governo tem na gaveta uma proposta de regulamentação que desde o ano passado que tem autorização legislativa para fazer relativamente aos tetos máximos dos preços dos combustíveis".
O Governo fez uma revisão fiscal do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP). Como consequência, os preços dos combustíveis aumentaram, mais 1,5 cêntimos no gasóleo e quase dois cêntimos na gasolina.
Lusa