O candidato presidencial Luís Marques Mendes considerou hoje que o Governo agiu bem, mas tarde ao suspender o novo sistema europeu de controlo de fronteiras no aeroporto de Lisboa e reforçar os meios com militares da GNR.
“Acho que a decisão que o Governo tomou nesta matéria é positiva, mas é tardia. Primeiro, podia ter sido tomada mais cedo. Podia e devia ter sido tomada mais cedo, mas é uma decisão muito positiva”, declarou Marques Mendes, em resposta aos jornalistas, no fim de uma visita ao Mercado de Alvalade, em Lisboa.
Marques Mendes dividiu a decisão anunciada na terça-feira pelo executivo PSD/CDS-PP em três componentes: “A primeira decisão é uma decisão de suspender durante três meses um mecanismo adicional de controle europeu. Não é o controle europeu, é um mecanismo adicional que tinha sido introduzido e que tinha causado algumas dificuldades”.
O conselheiro de Estado e ex-comentador político referiu que “este mecanismo é suspenso durante três meses para ser reavaliado”, o que lhe parece “correto, até porque os regulamentos europeus já permitiam esta suspensão”.
“Segundo, também me parece totalmente correto que se convoque agora a GNR para ajudar a PSP nestas operações para simplificar a vida do controle de fronteiras. Terceiro, também a decisão, que vai ter efeitos mais imediatos, de alargar o número de, digamos assim, ‘gates’ para fazer este tipo de operações”, completou.
Na opinião do candidato a Presidente da República, que tem o apoio de PSD e CDS-PP, “estas três medidas são na boa direção e vão aliviar seguramente já nas próximas horas e nos próximos tempos o aeroporto”.
“Pelo menos é isso que esperamos. A única pena que eu tenho é que não tivesse sido tomada mais cedo, porque algumas destas medidas parecem relativamente óbvias e sensatas. Esperemos agora que tenham resultados”, acrescentou.
O Ministério da Administração Interna anunciou na terça-feira a suspensão por três meses do novo sistema europeu de controlo de fronteiras para cidadãos extracomunitários, denominado EES, no aeroporto de Lisboa, acompanhada de um reforço de meios, com militares da GNR, para reduzir os tempos de espera dos passageiros.