O secretário-geral socialista defendeu hoje que o país entraria numa crise política se não fosse a “responsabilidade do PS” na viabilização do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), evocando os 10 anos da ‘geringonça’ liderada então por António Costa.
“Não fosse o sentido de responsabilidade do Partido Socialista e Portugal estaria novamente a mergulhar numa crise política com consequências imprevisíveis” defendeu José Luís Carneiro no encerramento do debate do OE2026, enfatizando que colocou “os interesses das pessoas e do país acima de tudo”.
Segundo o secretário-geral do PS, com a “atitude responsável” do seu partido a viabilizar, pela abstenção, a proposta orçamental, “o Governo não tem desculpas para não cumprir tudo com que se comprometeu com os portugueses”.
“Exigimos, pois, ao Governo que cumpra a sua obrigação: manter as contas certas que herdou do PS e cumprir o PRR que o Governo do PS conseguiu trazer para Portugal”, desafiou.
Considerando que o OE “não tem credibilidade”, Carneiro defendeu que este documento “mostra que o Governo desbaratou os recursos que herdou dos governos do PS e por isso já não tem respostas”.
“Quero aqui, a este respeito, evocar os 10 anos que ontem passaram sobre a posse do primeiro Governo de António Costa e saudar todas as forças políticas que, viabilizando esse Governo, demonstraram que havia uma política alternativa à austeridade da direita”, elogiou, numa referência à geringonça.