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Funcionário do Politécnico de Leiria despedido após irregularidades em bolsas Erasmus

Data de publicação
16 Maio 2025
17:44

Um funcionário do Politécnico de Leiria foi despedido na sequência da deteção de irregularidades na atribuição de bolsas Erasmus na Escola Superior de Tecnologia do Mar, em Peniche, revelou hoje à agência Lusa fonte do instituto.

“No âmbito do processo legalmente aplicável, instaurado na sequência da deteção de irregularidades na atribuição de bolsas Erasmus na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do Instituto Politécnico de Leiria, informamos que, do ponto de vista procedimental, foram desenvolvidos todos os trâmites e adotadas todas as diligências subsequentes, encontrando-se o processo interno concluído, com aplicação de sanção efetiva de despedimento do trabalho em funções públicas”, referiu a mesma fonte.

O Politécnico adiantou que “o processo, a partir de agora, seguirá os inerentes procedimentos legais, na instância devida, nomeadamente no âmbito do Ministério Público (MP)”.

Em fevereiro, a agência Lusa noticiou que o Politécnico de Leiria estava a investigar alegadas irregularidades na atribuição de bolsas do programa Erasmus naquela escola.

Na ocasião, o presidente do Politécnico, Carlos Rabadão, afirmou que “foi detetada uma irregularidade na atribuição de bolsas de mobilidade [programa Erasmus], no verão passado”, tendo a situação sido descoberta num “procedimento de rotina dos serviços financeiros”.

“Andamos numa fase de sistematização, alteração dos procedimentos e numa situação de rotina, de procedimento, detetou-se que havia qualquer coisa que não estava a bater certo e analisámos, nomeámos uma comissão de investigação interna, que está a fazer o trabalho”, explicou Carlos Rabadão.

Este responsável adiantou que as suspeitas foram comunicadas ao MP na mesma altura, sendo que a pessoa envolvida nesse procedimento que suscitou dúvidas “foi afastada de funções”.

Ainda segundo o presidente do Politécnico de Leiria, o que desencadeou este processo “foi uma irregularidade relacionada com um pagamento que não foi confirmado por uma estudante na altura”, pelo que o Instituto estava a auditar “todos os processos de mobilidade que se verificaram nos últimos 10 anos”.

Questionado sobre o valor das alegadas irregularidades, o presidente do Politécnico de Leiria alegou então que a comissão interna ainda não tinha terminado o trabalho.

A Lusa insistiu hoje com a mesma questão, mas não obteve resposta.

Também em fevereiro, a Lusa questionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre este caso, que confirmou “a receção de denúncia do Instituto Politécnico de Leiria”.

“A mesma deu origem a um inquérito que se encontra em investigação e está sujeito a segredo de justiça”, informou a PGR.

O Politécnico de Leiria tem cinco escolas superiores (três em Leiria, uma nas Caldas da Rainha e outra em Peniche), além de núcleos de formação e unidades de investigação.

A sua comunidade académica é constituída por mais de 15.500 pessoas: 14.000 estudantes e cerca de 1.650 professores, investigadores, técnicos e administrativos.

No total, está presente em oito cidades da região de Leiria e do Oeste.

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