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Chega manifesta-se em abril em Lisboa contra a ilegalização do partido

JM-Madeira

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Data de publicação
27 Março 2021
16:32

O Chega anunciou hoje que os seus militantes e apoiantes vão manifestar-se junto ao Tribunal Constitucional, no dia 18 de abril, contra "a constante ameaça de ilegalização por parte de dirigentes partidários e atores políticos".

Numa nota de imprensa, o partido informa que "sairá à rua, para uma das maiores manifestações de sempre, no dia 18 de abril, em frente ao Tribunal Constitucional", em Lisboa.

A ação deve-se à "constante ameaça de ilegalização por parte de dirigentes partidários e atores políticos, a permanente depreciação do partido em relatórios europeus e internacionais, bem como a normalização da narrativa da ilegalização", que "não deixam ao partido outra opção senão mostrar na rua a sua força e a sua legitimidade", concretiza o comunicado.

No início de fevereiro, a ex-candidata presidencial Ana Gomes pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que reaprecie a legalização do Chega como força política, alegando que este partido viola a Constituição da República, e investigue a origem do seu financiamento.

A notícia avançada pelo DN dava conta de que a ex-eurodeputada socialista enviou a sua participação "à presidente da Comissão Europeia, ao presidente do Parlamento Europeu, ao diretor da Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia, ao secretário-geral do Conselho da Europa, ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas e aos diretores da Europol e do Eurojust".

O Chega reagiu na altura, em comunicado, dizendo que lamentava "a divulgação de um suposto relatório europeu onde são atribuídas graves responsabilidades ao Chega pela alegada ascensão e normalização da extrema-direita em Portugal".

"Dizemos suposta porque, na verdade, se analisarmos mais de perto, a parte do relatório a que nos referimos é da autoria de dois jornalistas portugueses, cujas opiniões sobre o Chega já eram, aliás, conhecidas", prosseguia a nota, enviada em 16 de fevereiro.

Dias mais tarde, em 27 de fevereiro, o líder do partido, André Ventura, reiterava a posição.

"Quero deixar claro aqui, hoje, que o Chega vai responder muito veementemente, muito veementemente, com presença na rua em relação a esta situação e que vamos responder com toda a nossa força a um dos maiores atentados à democracia desde o 25 de Abril", afirmou, num encontro com militantes em Santa Cruz, na Madeira.

Ventura repudiou "veementemente as declarações da dra. Ana Gomes em relação à eventual ilegalização do Chega e uma eventual colaboração policial internacional que estará em curso para ilegalizar o Chega ou para investigar o Chega", e considerou que estar em causa uma "ofensiva sem paralelo na história de democracia".

Lusa

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