A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, salientou hoje que o bloco comunitário se rege pelo direito internacional, quando questionada sobre as recentes ameaças de Washington de uma intervenção militar na Venezuela.
“Nós regemo-nos pelo direito internacional”, referiu a alta representante para a Política Externa da UE em conferência de imprensa, quando questionada sobre a falta de resposta de Bruxelas ao destacamento militar de Washington nas Caraíbas e às ameaças contra Caracas.
O direito internacional só prevê dois casos em que se pode usar a força contra outro país: a autodefesa ou uma ação militar com base numa resolução do Conselho de Segurança da ONU, acrescentou.
O Presidente da Venezuela declarou que o país jamais será derrotado e que o povo venezuelano vai responder ao que considerou ser uma guerra psicológica orquestrada pelos Estados Unidos.
Em declarações à estação de televisão oficial venezuelana VTV, Nicolás Maduro afirmou que as autoridades e o povo da Venezuela vão responder com trabalho e conquistas à “guerra psicológica”, referindo-se à Administração norte-americana como “canalhas mediáticos” de Miami.
“Como se diz ‘imbecil’ em inglês?” perguntou Maduro, alertando aqueles “que querem fazer mal” nunca vão conseguir derrotar a Venezuela.
Washington intensificou operações militares ao largo da Venezuela, nos últimos dias, reiterando acusações contra Maduro de que promove o tráfico de estupefacientes.
O chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, autorizou também novos ataques contra embarcações, alegadamente, pertencentes a redes de tráfico de droga, perto da costa venezuelana.