O chanceler alemão, Olaf Scholz, apelou à Rússia para descartar com clareza o uso de armas atómicas na guerra na Ucrânia.
"Não está permitido e não é legítimo usar armas nucleares neste conflito", disse Scholz numa ação do Partido Social Democrata (SPD) que se realiza este fim-de-semana.
"Apelamos à Rússia que declare que não o fará. Trata-se de um limite que não pode ultrapassar-se", acrescentou.
Já na sexta-feira, durante uma visita à China, Scholz havia advertido para o perigo de uma escalada nuclear.
Por outro lado, na iniciativa do SPD houve uma intervenção virtual do líder do grupo parlamentar, Rolf Mutzenich, que causou polémica.
Mutzenich, que defendeu repetidas vezes a procura de uma solução diplomática na Ucrânia, assegurou que esta tinha levado a que o Governo ucraniano o incluisse numa "lista de terroristas".
"Irritou-me ter sido incluído numa lista de terroristas do Governo ucraniano, com a justificação que defendo um cessar fogo ou tréguas regionais para poder haver avanços diplomáticos", disse Mutzenich.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, entretanto, negou que exista uma lista deste tipo.
"O Governo ucraniano não faz listas de terroristas e, tanto quanto sei, na Ucrânia não há qualquer processo contra o senhor Mutzenich", disse o porta-voz dos Negócios Estrangeiros, Oleh Nikolenko, através da rede social Facebook.
O Centro contra a Desinformação do Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia publicou, no verão, na internet, uma lista de 70 pessoas, entre as quais estava Mutzenich, a quem acusava de difundir "narrativas" que coincidem com a propaganda russa.
No entanto, essa lista já não está na rede.
Lusa