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Ucrânia: Tribunal russo interna em hospital psiquiátrico um opositor ao conflito

Data de publicação
11 Junho 2024
16:31

Um tribunal de Moscovo confirmou hoje o internamento num hospital psiquiátrico de um estudante que estava a ser julgado por ter difundido “informações falsas” sobre o exército russo, antes de a acusação ter sido retirada, indicou a oposição russa.

“O Tribunal Regional de Moscovo aprovou a decisão de enviar Maxim Lypkan para um hospital psiquiátrico para tratamento obrigatório”, confirmando uma decisão anterior, afirmou o meio de comunicação social da oposição russa SOTA nas redes sociais.

O caso de Maxim Lypkan causou grande agitação na Rússia há alguns meses, quando o estudante de 18 anos se tornou o mais jovem russo a ser acusado de divulgar “informações falsas” sobre o exército russo no seu canal Telegram e no YouTube.

O julgamento começou em novembro de 2023 nos subúrbios da capital russa, mas a primeira audiência realizou-se à porta fechada e na ausência do arguido, que já tinha sido internado numa unidade psiquiátrica, a pedido do tribunal.

“De acordo com o relatório de um perito [médico-legal], Lypkan foi considerado parcialmente irresponsável pelos seus atos”, declarou na altura o seu advogado, Alan Katchmazov, à agência noticiosa France-Presse (AFP).

Em fevereiro de 2024, o tribunal que julgava Lypkan anunciou que o processo penal tinha sido arquivado.

Ativista contra a agressão russa à Ucrânia, Maxime Lypkan tinha acabado de terminar a escola e ia estudar direito na universidade para se tornar advogado.

Antes da sua detenção, tinha planeado organizar uma ação de protesto para assinalar o primeiro aniversário da ofensiva russa na Ucrânia, em 24 de fevereiro, intitulada “Um ano de inferno”, mas as autoridades de Moscovo proibiram a reunião.

Maxime Lypkan levou a Câmara Municipal de Moscovo a tribunal, mas perdeu o caso.

“Fiquei tão chocado com as vítimas entre o povo ucraniano em Kharkiv, Boutcha e outras cidades ucranianas que decidi protestar ativamente”, explicou na altura numa entrevista à Radio Free Europe, um meio de comunicação financiado pelo Congresso dos Estados Unidos.

No tempo da União Soviética, muitos dissidentes foram internados em hospitais psiquiátricos como punição pelo seu ativismo.

Muitos dos atuais opositores receiam que esta prática seja reintroduzida pelo regime do Presidente Vladimir Putin.

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