Um grupo armado palestiniano, chamado Cova do Leão, anunciou hoje ter matado um "traidor" na Cisjordânia ocupada, assumindo que é uma mensagem direta a "cada traidor que vende a sua nação".

A Cova do Leão, um grupo de combatentes palestinianos de Nablus, no norte da Cisjordânia, disse na sua conta do Telegram que um "traidor" tinha sido "liquidado", sem dar mais pormenores sobre a sua identidade e atividades, refere a agência France-Presse (AFP).

A Comissão Independente para os Direitos Humanos, um organismo público palestiniano, também anunciou que um homem "acusado de espionagem pela ocupação israelita" tinha sido morto no sábado à noite.

A comissão denunciou este assassinato e, em geral, "qualquer execução extrajudicial".

A traição é "um crime horrível" que deve ser punido por um tribunal, acrescentou a comissão, observando que ninguém "pode tomar a lei nas suas próprias mãos".

Segundo uma fonte de segurança em Nablus, que solicitou o anonimato devido à sensibilidade do caso, o homem morto pela Cova dos Leões foi o mesmo que apareceu num vídeo que circulava nas redes sociais e que confessou ter espiado o grupo armado em nome de Israel.

A AFP não conseguiu confirmar a autenticidade do vídeo, mas o grupo disse que dará uma "explicação pública depois de estarem garantidas algumas medidas de segurança".

"Esta é uma mensagem direta a cada traidor, que vende a sua religião, a sua consciência, a sua honra e a sua nação", diz o grupo, que surgiu em 2022 e reivindicou a responsabilidade por vários ataques a alvos israelitas no ano passado, incluindo o assassinato de um soldado em outubro.

Desde o início do ano, o conflito israelo-palestiniano matou pelo menos 93 palestinianos, 18 israelitas, um ucraniano e um italiano, segundo uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais israelitas e palestinianas.

Os números incluem combatentes e civis, incluindo menores, do lado palestiniano e, na sua maioria, civis, incluindo menores, e três membros da minoria árabe do lado israelita.

Lusa