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Dois trabalhadores de ONG humanitária mortos na província etíope de Amhara

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Data de publicação
11 Abril 2023
16:23

Dois trabalhadores da organização humanitária Catholic Relief Services (CRS) foram mortos a tiro domingo em Amhara, província do norte da Etiópia palco de instabilidade e confrontos há vários dias, denunciou aquela organização não-governamental (ONG).

Hoje, em Bahir Dar, capital administrativa de Amhara, "manifestantes bloquearam estradas com pedras e pneus a arder", disse um residente à AFP, dizendo que tinha "ouvido tiros na cidade, sem saber exatamente onde".

Manifestações e bloqueios de estradas em Amhara têm sido relatados desde a passada quinta-feira, após o governo federal ter iniciado o processo de desarmamento e realocação de efetivos de unidades militares sob autoridade regional para o exército federal ou para a polícia.

As chamadas "forças especiais" na Etiópia foram criadas fora de qualquer quadro legal durante os últimos 15 anos por algumas províncias.

"Chuol Tongyik, oficial de segurança, e Amare Kindeya, motorista, foram mortos a tiro num veículo da CRS na região de Amhara no seu regresso a Adis Abeba após uma missão", lê-se numa declaração divulgada segunda-feira à noite pela ONG.

"As circunstâncias do seu assassínio", que ocorreu no domingo, "são desconhecidas", disse a ONG católica, com sede nos EUA e que trabalha na Etiópia há cerca de 60 anos.

Também hoje, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) manifestou através da rede social Twitter a sua preocupação pelos "recentes ataques a ambulâncias ou pessoal médico que transportam doentes em perigo de vida na região de Amhara", sem dar mais pormenores.

"O pessoal médico, ambulâncias e hospitais não são alvos e devem ser respeitados e protegidos em todos os momentos", continuou o CICV, sem se referir ao assassínio dos dois trabalhadores do CRS.

A situação é difícil de avaliar em Amhara, que está fechada à imprensa "por razões de segurança".

Na segunda-feira, foram impostas restrições - incluindo tráfego noturno e reuniões públicas em Gondar, Dessie e Debre Birhan, três das principais cidades de Amhara.

As regras foram emitidas pelo "posto de comando" militar em cada uma das cidades, o que sugere que o exército federal está agora encarregue da sua segurança.

No domingo, o primeiro-ministro Abiy Ahmed assegurou que o processo de reafetação dos efetivos das forças regionais seria concluído "custe o que custar" e advertiu que "a lei seria aplicada contra aqueles que desempenham deliberadamente um papel desestabilizador".

Segundo maior grupo populacional da Etiópia, os Amhara são desde há muito a elite política e económica do país, sendo Gondar a antiga capital imperial.

Lusa

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