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Detido um dos suspeitos do roubo de obras de Henri Matisse e Candido Portinari no Brasil

Data de publicação
08 Dezembro 2025
22:15

As autoridades brasileiras detiveram hoje um homem suspeito de ter participado no roubo de gravuras do pintor francês Henri Matisse e do brasileiro Candido Portinari de uma biblioteca em São Paulo no domingo.

O suspeito foi detido no centro de São Paulo, após ter sido “identificado na sequência de uma investigação e análise das imagens de videovigilância que registaram o roubo de domingo”, refere o governo do estado de São Paulo, num comunicado hoje divulgado e citado pela agência France-Presse.

O veículo usado pelos suspeitos para fugirem do local “foi localizado” e “a investigação continua para identificar o segundo suspeito”.

Dois homens armados levaram oito gravuras de Henri Matisse e cinco de Candido Portinari da Biblioteca Municipal Mário de Andrade no domingo.

As gravuras integravam a exposição “Do livro ao museu: MAM [Museu de Arte Moderna] São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade”, inaugurada em 04 de outubro e que esteve patente até domingo.

De acordo com a polícia, após dominarem uma guarda e um casal de idosos que visitava a exposição, os dois homens pegaram nas obras e colocaram-nas numa bolsa de lona antes de abandonarem o local pela porta principal.

O veículo usado para a fuga foi “enviado para uma perícia técnica”.

Imagens divulgadas pelo portal de notícias g1 mostram os dois suspeitos a descarregarem quadros de uma pequena carrinha e a encostarem-nos a uma parede numa rua em plena luz do dia.

O g1 publicou também fotografias dos dois suspeitos a caminharem numa rua, estando o rosto de um deles coberto por um boné. São Paulo possui um sofisticado sistema de videovigilância e reconhecimento facial.

De acordo com informação disponível no site do Museu de Arte Moderna de São Paulo, a exposição integrava maioritariamente obras das décadas de 1949 e 1950, “período de sedimentação da arte moderna e de espaços a esta dedicados”, além de “uma seleção criteriosa de livros adquiridos a fim de representar a produção moderna na coleção da Biblioteca Mário de Andrade nesse período”.

A mostra incluía “obras raras e importantes, como ‘Jazz’, de Henri Matisse, ou ‘Cirque’, de Fernand Léger, exemplares de grande relevância que colocaram artistas e investigadores brasileiros em contacto com a produção modernista europeia”.

“Jazz” é apresentada no catálogo da exposição como “uma obra expoente” da produção artística tardia do artista francês.

“Matisse iniciou o livro em 1943, quando já tinha a mobilidade reduzida após procedimentos médicos, o que o levou a ‘pintar com a tesoura’”, lê-se no catálogo, disponível online.

De Candido Portinari, integravam a exposição ilustrações criadas para uma edição de luxo de “Memórias póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, e para uma edição especial de “Menino de engenho”, de José Lins do Rego.

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