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Bielorrússia compra sistemas de defesa aérea e mísseis à Rússia

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Data de publicação
20 Maio 2022
8:41

A Bielorrússia adquiriu sistemas de defesa aérea S-400 e mísseis Iskander à Rússia, revelou esta quinta-feira o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que é o principal aliado de Moscovo na invasão russa da Ucrânia.

"Chegamos a um acordo com [o Presidente russo Vladimir] Putin", sublinhou Lukashenko, citado pelo seu gabinete de imprensa, que divulgou um comunicado na rede social Telegram.

Minsk tem sido uma base de retaguarda para a invasão russa da Ucrânia, países com os quais faz fronteira e também tem sido alvo de sanções pelo Ocidente.

O chefe de Estado bielorrusso referiu que adquiriu a quantidade "necessária" deste armamento, sem adiantar mais detalhes.

"Com estas armas, já somos um Exército completamente diferente", assegurou Lukashenko, enfatizando que o armamento adquirido é "capaz de infligir danos colossais".

No início de maio, Alexander Lukashenko, de 67 anos, acusado pelos ocidentais de governar a Bielorrússia de forma totalitária desde 1994, acusou o Ocidente de estar "obcecado" pelas ideias nazis e de estar "em guerra com a Rússia" na Ucrânia.

A guerra na Ucrânia, que hoje entrou no 85.º dia, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas - cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU confirmou hoje que 3.811 civis morreram e 4.278 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

Lusa

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