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Afeganistão: Talibãs advertem contra ingerência estrangeira 42 anos após invasão soviética

JM-Madeira

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Data de publicação
27 Dezembro 2021
16:08

O Governo talibã aproveitou hoje o 42.º aniversário da invasão soviética do Afeganistão para advertir de que não aceitará invasores no seu território, nem que outros países se ingiram nos seus assuntos internos.

Num comunicado hoje divulgado, o movimento islâmico radical destaca a singularidade da data e afirma que o Afeganistão é uma nação livre, após a sua chegada ao poder, em agosto deste ano.

"Há 42 anos, os soviéticos invadiram o Afeganistão. Os combatentes afegãos obrigaram o seu retrocesso após dez anos de ‘jihad’ e árdua luta. O Emirado Islâmico do Afeganistão (como se autodenomina o novo regime talibã), em nome do povo afegão, condena a invasão soviética e agradece à ‘Jihad mujahidine’ afegã a sua liberdade", declarou o porta-voz adjunto do executivo talibã, Bilal Karimi.

Os talibãs instaram os Governos estrangeiros a apostarem nas relações bilaterais com o Afeganistão, embora, até ao momento, não tenham obtido o reconhecimento da comunidade internacional ao regime instaurado após a queda do anterior executivo, apoiado pelas tropas internacionais que se encontravam no país e se retiraram no final de agosto.

O dia da invasão soviética era, até à chegada ao poder dos talibãs, a 15 de agosto, uma data assinalada no calendário afegão.

Até então, as cerimónias decorriam no palácio presidencial e noutros locais importantes do país e contavam com a participação de vários líderes ‘mujahidines’ (combatentes) e de diversos altos responsáveis governamentais.

Agora, os talibãs remeteram a data para segundo plano, não lhe atribuindo mais valor que o de um comunicado e um simples evento na província oriental de Logar.

"Este é um dia histórico para o povo afegão e os ‘mujahidines’, o dia deve ser liderado por funcionários governamentais, incluindo os ‘mujahidines’ afegãos, mas o Governo talibã só considera as suas próprias conquistas, não as do povo afegão", lamentou o ex-comandante ‘mujahidine’ Najibullah Ahmadzai, citado pela agência noticiosa espanhola Efe.

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