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Acordo de coligação para novo governo alemão vai “unir o país” afirma líder conservador

Data de publicação
09 Abril 2025
15:10

O líder dos conservadores e vencedor das eleições alemãs de fevereiro, Friedrich Merz, sublinhou hoje que o acordo de coligação conseguido “vai unir” o país, mostrando que a Europa “pode confiar na Alemanha”.

“Queremos e vamos ajudar a moldar a mudança no mundo”, afirmou o líder da União Democrata-Cristã (CDU) em conferência de imprensa, acrescentando que o acordo de coligação alcançado na terça-feira com o Partido Social-Democrata (SPD) é um “sinal poderoso para o país”.

A futura coligação governamental irá reformar e investir para manter a Alemanha estável, torná-la mais segura e economicamente mais forte, indicou o líder conservador, realçando que “a Europa também pode confiar na Alemanha”.

“Atrás de nós está um trabalho árduo, à nossa frente um plano forte”, destacou o líder da CDU na abertura da conferência de imprensa de apresentação do acordo de coligação, que foi tornado público esta manhã.

O documento tem 146 páginas e intitula-se “Responsabilidade pela Alemanha”. Está dividido em seis capítulos, cada um dos quais se centra num tema considerado fundamental pelos três partidos envolvidos nas negociações para a coligação governamental - CDU, União Social Cristã (CSU) e SPD - como a economia ou as migrações.

“Vamos organizar e controlar melhor a migração e, em grande medida, acabar com a migração ilegal”, através de controlos nas fronteiras nacionais, da rejeição de pedidos de asilo e da suspensão do reagrupamento familiar, explicou Friedrich Merz aos jornalistas.

A divisão dos ministérios entre os partidos já está igualmente concluída. A CDU vai ficar com as pastas da Economia e Energia, Negócios Estrangeiros, Educação e Investigação, Saúde, Transportes e Digitalização e Modernização do Estado. O SPD ficará com Finanças, Justiça, Trabalho e Assuntos Sociais, Defesa, Ambiente e Habitação. Com a CSU a ficar com o Ministério do Interior, da Investigação e do Espaço e da Alimentação e Agricultura.

Também presente na conferência de imprensa, Lars Klingbeil, líder do SPD, sublinhou, por sua vez, a importância da Alemanha ter um governo estável para que o país se mantenha firme nestes “tempos históricos”.

“As máquinas de fax do nosso país têm de ser eliminadas”, afirmou, numa referência à excessiva burocracia ainda observada na Alemanha.

No que diz respeito à migração, Klingbeil assegurou que a Alemanha continuará a ser um país de imigração, sustentando que o direito de asilo continua em vigor.

O acordo político surge 45 dias depois das eleições antecipadas na Alemanha (realizadas a 23 de fevereiro) que o bloco conservador venceu com 28,6% dos votos, à frente do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD, 20,8%), do SPD (16,4%), dos Verdes (11,6%) e da Esquerda (8,8%).

O risco de recessão causado pela guerra comercial internacional desencadeada pelas novas tarifas impostas pelos Estados Unidos acabou por pressionar o acordo entre os três partidos.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na semana passada a imposição de tarifas internacionais adicionais, que para os 27 países da União Europeia (UE) chegam aos 20%.

Em resposta aos jornalistas sobre este tema, Merz realçou que este acordo envia um sinal claro aos Estados Unidos que a Alemanha está unida e vai trabalhar para ser ainda mais competitiva.

Depois do acordo ser aprovado, os três partidos envolvidos – CDU, União Social Cristã (CSU) e SPD - precisam de votá-lo antes que Friedrich Merz possa ser eleito como chanceler no parlamento alemão, o que deverá acontecer no início de maio.

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