A atribuição do Nobel da Paz a Maria Corina Machado, ativista venezuelana e defensora dos direitos democráticos foi recebida com emoção e orgulho por parte da presidente da VENECOM - Associação da Comunidade de Imigrantes Venezuelanos na Madeira.
Em declarações ao JM, Ana Cristina Monteiro enalteceu o facto de ter sido uma mulher venezuelana, que tem lutado há vários anos pela liberdade, pela democracia e pelo respeito dos direitos humanos a ter recebido o Nobel da Paz. “Tem dado voz a muitos venezuelanos que também lutam pela liberdade da Venezuela”, vincou a representante dos imigrantes venezuelanos na Madeira.
“Este reconhecimento é uma força a não parar, a não desistir dessa luta e, mais uma vez, é um reconhecimento internacional por esse trabalho que tem vindo a fazer. Eu penso que para todos os venezuelanos deve ser um motivo de orgulho”, sublinhou, emocionada.
A seu ver, “independentemente das posições políticas que as pessoas possam ter, qualquer venezuelano deveria estar orgulhoso de ter uma mulher venezuelana a ser reconhecida internacionalmente como o prémio Nobel da paz”.
Ana Cristina Monteiro considerou ainda que a atribuição do prémio pela Academia em Oslo, “é uma afronta ao regime de Nicolás Maduro”, fazendo votos para que, a nível internacional “a Venezuela não seja esquecida e que se veja que a Venezuela não quer uma solução com guerra, quer uma solução em paz e essa tem sido a luta da Maria Corina durante todo esse tempo. Ela não quer uma guerra, ela quer a paz e quer a liberdade para a Venezuela”.
A concluir, Ana Cristina Monteiro comentou que o Nobel para a ativista venezuelana coloca a Venezuela “na boca do mundo, por uma boa razão e isso é importante”.