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Subfinanciamento da Universidade da Madeira é “injustiça” para corrigir

Marco Milho

Jornalista

Data de publicação
26 Novembro 2025
19:27

O subfinanciamento da Universidade da Madeira e a necessidade de renovar e alargar infraestruturas foram dois dos temas mais focados nas intervenções da sessão solene de abertura do ano académico da UMa.

Sílvio Fernandes, reitor da Universidade da Madeira, destacou a evolução desta instituição ao longo dos seus 37 anos, destacando os efeitos na formação de profissionais de diversas áreas e também com docentes e investigadores reconhecidos internacionalmente. Todavia, o reitor apontou desafios e barreiras que ainda se colocam, abordando, sobretudo, o subfinanciamento e as infraestruturas.

Em primeiro lugar, Sílvio Fernandes sugeriu aproveitar a “oportunidade” com a revisão da Lei das Finanças Regionais para “pugnar pela inscrição de um normativo próprio de compensação para os sobrecustos de insularidade e ultraperiferia”.

Para o reitor, “tal normativo deve garantir um justo financiamento para as universidades das regiões autónomas, conferindo-lhes previsibilidade e sustentabilidade a médio e longo prazos”.

Já no tema das infraestruturas, o responsável da UMa destacou que estas “necessitam de ser aumentadas e modernizadas, particularmente o complexo científico e pedagógico da Penteada”.

O “privilégio” de frequentar um curso superior

Um aspeto também tocado por André Barreto, presidente do conselho geral da UMa, que deixou sobretudo mensagens para os novos alunos.

“Tirar um curso é abrir horizontes, é ganhar a possibilidade de fazer escolhas, é condicionar o nosso futuro pela positiva”, disse, lamentando, porém, que frequentar uma universidade seja ainda hoje “um privilégio” para muitos.

Ponto esse também focado por Tiago Alves, vice-presidente da Associação Académica da UMa, que sublinhou com preocupação os números decrescentes de candidatos ao Ensino Superior. Um dos aspetos indissociaáveis, no caso dos alunos madeirenses e açorianos, apontou, é a questão da insularidade, tendo por isso solicitado uma ação firme do Governo Regional junto da República.

“É imperativo que o Estado assuma integralmente os custos da isularidade”, frisou o estudante.

Albuquerque promete “interceder com mais veemência”

Já o presidente do Governo Regional começou por sublinhar a importância da UMa como “alicerce” na construção do futuro e veículo para a abertura da Região ao mundo.

Miguel Albuquerque considerou que “os principais desafios estão a ser ultrapassados”, mas reconheceu que o mais imediato para a UMa “é enfrentar o seu subfinanciamento”.

“O subfinanciamento da Universidade da Madeira, tal como a Universidade dos Açores, está inserido num contexto de um país centralista, que olha ainda para as universidades periféricas como um apêndice que se deve tolerar e não assumido integralmente pelas responsabilidades do Estado”, atirou o governante, que frisou que “não há universidades regionais”. “As universidades são cosmopolitas e são universais.”

Albuquerque vincou que a responsabilidade da tutela “é do Estado português”, mas prometeu “interceder com mais veemência junto do Governo central”. “Não é nenhum favor que estão a fazer a esta instituição.”

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