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Clube de Ecologia Barbusano da Francisco Franco regressou às serras

Data de publicação
24 Maio 2024
9:22

O Clube de Ecologia Barbusano, da Escola Secundária de Francisco Franco, no âmbito da 28ª edição da Semana dos Clubes, Núcleos e Projetos, realizou uma saída de campo, no passado sábado, dia 18 de maio.

Consoante faz saber a escola, em comunicado, o percurso teve início no Paul da Serra, na zona do Fanal, incluiu a Levada dos Cedros e terminou no Curral Falso. “Os mais corajosos seguiram o trajeto das águas da levada, descendo a vereda até ao núcleo populacional principal da Ribeira da Janela”, dá conta o estabelecimento de ensino.

O percurso até ao Paul da Serra foi feito pela encosta sul, com passagem pelo concelho da Ponta do Sol. Na zona alta da freguesia dos Canhas, depois do povoado, os terrenos encontravam-se infestados por acácias e eucaliptos, e próximo do planalto, o clube observou um “giestal de altitude”. “Duas situações problemáticas que requerem uma atenção redobrada na medida em que constituem uma ameaça ao Urzal de Altitude e à contígua floresta Laurissilva”, frisa.

“No planalto, infelizmente, muita área também está dominada por giestas e carquejas, ameaçando a vegetação nativa desta zona. No caminho para o Fanal, as plantas invasoras iam, gradualmente, dando lugar às plantas indígenas, com destaque para as urzes e faias, observando-se igualmente loureiros e folhados. A copa das urzes apresentava um prateado lindíssimo, pelas gotas de água que pendiam das suas pequenas folhas. A descida para a Levada dos Cedros fez-se sob os ramos das urzes e das uveiras da serra, erguendo-se ao alto as faias, os folhados e os loureiros”, revela escola.

“Chegados à Levada dos Cedros, dirigimo-nos para a sua ‘madre’. Aí, encontrámos uma ribeira de águas límpidas, em cujas margens foi possível observar plantas características destes habitats, como os alindres e sabugueiros, mas também gerânios, erva-coelho, alegra-campos, orquídeas e fetos. Este local paradisíaco encontra-se sob uma copa de tis, loureiros, faias das ilhas e folhados. De regresso à levada e ao longo desta, todo o trajeto foi feito sob a vegetação nativa. Os troncos dos arbustos e árvores encontram-se cobertos de musgos, engalanados por cogumelos e o solo apresenta-se coberto por musgos e pela abundante hera-terreste. Algures na levada, fomos presenteados com um belo miradouro, lugar onde tivemos a companhia de tentilhões, pássaros que não devemos alimentar para a sua salvaguarda. Constatámos aqui algumas giestas invasoras, que deveriam ser eliminadas”, descortina o comunicado.

A reta final da saída de campo consistiu na descida do Curral Falso para a Ribeira da Janela, ao longo da vereda com o mesmo nome. Tratou-se de um trajeto íngreme, debaixo de uma copa de vegetação nativa. “É preocupante o facto de encontrarmos pequenos núcleos de bananilhas, mas também de brincos-de-princesa, plantas invasoras que conjuntamente com outras deveriam ser eliminadas, se quisermos preservar o património natural nativo e, com isso, garantir o nosso futuro”, remata o estabelecimento de ensino.

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