Abel Aguiar, Western Europe Channel Sales director da Microsoft, subiu ao púlpito da ‘Tech Trends 2025 – O Amanhã Tecnológico da Madeira’, no Savoy Palace, para falar sobre Inteligência Artificial em Segurança.

Começou a sua intervenção com um vídeo focado na IA, lembrando que é um fenómeno que se espalha por todo o mundo e que, quer queiramos quer não, é uma realidade que todos vão ter de viver e que impacta todos os setores.

Referenciando um estudo que integrou 30 mil pessoas de vários países com vista a perceber as tendências das organizações, afirmou que 80 por cento dos ‘information workers’, pessoas que vivem do tratamento de informação, dizem que não têm nem tempo nem energia para conseguir fazer mais do que têm feito. Ao mesmo tempo, mais de 50 por cento dos líderes das organizações dizem que têm de aumentar a produtividade para continuarem a ser rentáveis e diferenciados no mercado.

“Quando olhamos para estes dados e factos, há falta de capacidade humana neste momento nas organizações. Estamos a ir num caminho em que estamos a colocar a carga toda em cima dos colaboradores, precisamos de fazer aumentos de produtividade e não temos a capacidade de escalar mais do que estamos a escalar”, apontou, entendendo que o caminho passa por ir buscar capacidade adicional.

“É ir buscar inteligência adicional. É tentar tirar de cima do ser humano o que pode ser outro a fazer e deixar para o ser humano aquilo que só ele pode fazer. O conceito é este”, observou.

Da referida análise, adiantou ainda que 46 por cento dos líderes das organizações já estão a usar agentes para tarefas de forma autónoma e 28 por cento dos managers estão a considerar contratar gestores de equipa de IA.

Abel Aguiar disse que o caminho que as organizações estão a fazer está estruturado em três fases: alguém que é o assistente para tarefas de baixo valor acrescentado para tirar tarefas de cima; pegar num processo mais específica; e humanos e agentes dentro da equipa que são geridos de forma indistinta.

No entanto, defende a necessidade de supervisão humana em todo este processo. “Para nós, o tema da supervisão humana é indiscutível. Tem de haver supervisão humana do processo”, vinca.

Abel Aguiar considera ainda que as empresas têm de perceber como é que a sua estratégia é impactada pela influência da IA, relevando a importância da segurança e da privacidade. “Não há nenhuma maneira de avançarmos neste mundo tecnológico sem termos a cibersegurança no topo das nossas preocupações”, frisa.

E a finalizar, rematou: “Não há muito tempo a perder nesta máquina, mas o caminho tem de começar hoje”.